Crescimento em meio à crise: Méliuz revela fator determinante para lidar com cenário econômico desfavorável
Mudança na estratégia adotada pelo Méliuz apresenta resultados positivos mesmo diante da alta taxa de juros do país. Saiba mais!
A escalada da taxa de juros nos últimos dois anos fez com que diversas empresas fechassem suas portas ou registrassem prejuízos expressivos. No que diz respeito ao varejo, muitas lojas não conseguiram lidar com essa situação, uma vez que a Selic alta tem impacto direto sobre o poder de compra dos consumidores.
Isso porque, com a taxa elevada, o acesso ao crédito fica restrito e o consumo tende a ser reduzido. Não à toa, é por isso que o BC usa a taxa como ferramenta para barrar o crescimento da inflação no país.
Ainda assim, em determinados casos, companhias conseguiram lidar com o ambiente desfavorável e apresentar resultados positivos. É o caso do Méliuz, empresa de tecnologia que oferece cashback em parceria com diversos nomes do varejo.
Trajetória do Méliuz
De acordo com Marcio Penna, diretor de relações com investidores do Méliuz, no início de 2021, o maior foco da empresa eram os investimentos, em um cenário em que a taxa básica de juros operava na casa dos 2% ao ano. No entanto, em poucos meses, isso mudou.
“Com o aumento da taxa, a gente tomou a decisão de diminuir esse investimento, sem impactar a nossa operação e buscar um aumento de margens da companhia. E é um trabalho que vem sendo feito desde o meio do ano passado. A gente conseguiu reduzir nossas despesas do 4º trimestre do ano passado até o 2º trimestre deste ano em 30% e existe uma expectativa de reduzir ainda mais no 2º semestre deste ano.”
Vale ressaltar que, do 2º trimestre do ano passado ao 2º trimestre deste ano, a margem do Shopping do Méliuz registrou um aumento de mais 50%, mesmo diante de uma Selic a 13,75%.
Foco da empresa segue em ampliação da margem
Mesmo agora com o início da redução da taxa básica de juros pelo Copom (Comitê de Política Monetária), Penna afirma que o maior foco do Méliuz continua sendo na ampliação da margem da companhia. Ainda, também aponta que a realidade atual da empresa se deve justamente a essa virada de chave quando a Selic começou a escalar.
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“A gente tentou fazer do limão uma limonada, o mercado virou. A nossa decisão foi muito acertada, de focar em margem. A companhia que era uma companhia que queimava dinheiro, a gente tá muito próximo de acabar com essa queima de dinheiro. A gente tá muito próximo do breakeven.”
