Crise no INSS: Instituto pede ao governo Lula R$ 3,2 bilhões para pagar benefícios
INSS envia ofício para o governo pedindo mais dinheiro para arcar com as aposentadorias e pensões. Entenda o que está acontecendo!
Os problemas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continuam para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Agora, a autarquia enviou um ofício informando sobre a necessidade de um reforço no orçamento na casa dos R$ 3,2 bilhões para este ano.
Uma das promessas de Lula durante a campanha foi diminuir a fila de espera do INSS. Em julho, 1,8 milhão de pessoas aguardavam uma resposta a algum pedido feito. Para isso, o governo criou uma força tarefa para acelerar o processo.
A autarquia convocou, assim, mais 1.250 servidores que estavam no cadastro de reserva e começou a pagar um bônus para os funcionários do órgão que aumentassem a quantidade de processos analisados. Entenda!
INSS precisa de ajuda para arcar com os custos
Essas ações acabam pesando no orçamento do INSS. Além disso, houve um aumento no número de benefícios que o órgão precisa pagar, bem como dos repasses que precisa cumprir. A estimativa interna é que, todos os meses, a folha de pagamento da autarquia aumente em 0,39%.

De acordo com o ofício que a Folha de São Paulo teve acesso, sem esse aporte financeiro o pagamento das aposentadorias e pensões do INSS nos próximos meses pode ficar em risco. Outro aviso é de que não há previsão para uma melhora na situação.
Dessa forma, para garantir o cumprimento da Lei Fiscal, o Governo Federal poderá ser obrigado a bloquear recursos de outros setores da gestão para conseguir o dinheiro necessário para cobrir tais gastos.
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Fila diminuiu pouco
Apesar de todo o esforço do governo e do aumento de gastos do INSS, o tamanho da fila continua grande. No último levantamento, 1,5 milhão de pessoas aguardavam uma resposta da autarquia.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, insiste que, com todas essas ações, até o final deste ano, o tempo de espera da fila do INSS será de 45 dias. Período de tempo que a legislação prevê para uma resposta do órgão.
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