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Custo de vida em São Paulo cresce quase 5%, impulsionado pela carne

Em 2019, o custo de vida das famílias de São Paulo aumentou 4,95%. O dado é da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), feita pela Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Esse percentual é maior do que a inflação nacional, que fechou 2019 em 4,31% (segundo dados do IBGE divulgados em 10 de janeiro). Por outro lado, a concessão de crédito no país aumentou 11%, a maior taxa desde 2012, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

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A categoria de alimentos puxou esse índice em São Paulo, tendo alta de 3,42% em dezembro, a maior taxa desde o final de 2010. A alta anual dos alimentos foi de 8,15%. Já no setor de Transportes, a variação do ano foi de 6,07%, enquanto o custo de Saúde aumentou 5,02%.

Das nove categorias analisadas, somente três tiveram diminuição do custo em dezembro: artigos de residência (-1,04%), Vestuário (-0,78%) e Habitação (-0,58%). Alguns alimentos também tiveram um custo menor, apesar da alta da categoria. São eles, o tomate (-24,44%), alface (-0,91%), mamão (-5,9%), queijo (-1,81%), linguiça (-1,11%) e peixe cação (-6,2%).

De acordo com o IBGE, o Brasil terá um aumento no plantio em 2020. Sendo assim, a tendência é que os preços baixem neste ano no setor alimentício, ainda que a escassez de milho possa prejudicar o setor. O grão é o principal alimento para a criação de aves e porcos, então pode haver variação nessas categorias.

Carne impulsionou aumento do custo de vida

Além do CVCS, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) também divulgou dados sobre o aumento do custo de vida em São Paulo. Segundo eles, o valor das carnes subiu mais de 20%.

Contribuiu para essa diferença principalmente o número de exportações de carne para a China. Em alguns mercados de São Paulo, a variação chegou a 52%. Já os principais substitutos da carne também tiveram aumento, só que menor: os grãos tiveram alta de 9,89%, as raízes e tubérculos aumentaram 9,86% e as aves e os ovos 9,16%.

Em nível nacional, o preço das carnes puxou para cima o valor da inflação de 2019. Conforme o IBGE, a variação do preço do alimento no Brasil ano passado foi de 32,4%.

O departamento também revelou que o custo de vida aumentou mais para os mais pobres, sendo de 3,71%, enquanto que para os mais ricos foi de 2,76%.

Salário mínimo cobre os custos?

Com os preços de alimentação e outros itens básicos aumentando e o salário mínimo tendo pouco crescimento, fica cada vez mais difícil sustentar uma família recebendo menos de R$ 1.000. Segundo estimativa do Dieese divulgada em 2019, o salário mínimo para sustentar quatro pessoas deveria ser de R$ 4.385,74. Em 2020, ele passou para R$ 1.039.

Esse valor divulgado pelo departamento é baseado na cesta básica mais cara das cidades que participaram da pesquisa. Em abril de 2019, o maior valor registrado foi em São Paulo, sendo R$ 522,05. Já o custo de vida mais baixo, pelo menos no que se refere à alimentação, é em Salvador, com cesta básica de R$ 396,75. Também foram considerados os custos de moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social.

Ainda assim, São Paulo está longe de ser uma das cidades mais caras do mundo. Segundo ranking divulgado em 2019 pela Economist Intelligence Unit, a capital paulista ocupa o 107º lugar. As três cidades mais caras para se viver são Paris, Hong Kong e Cingapura.

Comprar roupa ficou mais barato

Apesar da alta nos alimentos, outra categoria deu um respiro para os brasileiros. Ficou mais acessível o consumo de roupas, com diminuição de 3,28%, e de calçados, com queda de 1,75%.

O setor têxtil parece estar patinando para sobreviver no Brasil. Entre janeiro e maio de 2019, o setor apresentou uma queda de 1,3%. Entre os motivos para essa diminuição, está o fato de que as pessoas estão gastando menos e há uma nova forma de pensar o consumo, principalmente no meio da moda, que é conhecido por usar mão de obra barata muitas vezes.

A Hering, empresa que está na bolsa de valores, vem desapontando acionistas. No quarto trimestre de 2019, a rede de franquias teve uma queda de 5,2% no faturamento bruto. No dia 21 de janeiro, uma ação da empresa podia ser adquirida por R$ 27,71.

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Imagem: Jordan Madrid, via Unsplash.