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Depois de 1 mês, centenas de pessoas ainda estão presas por atos golpistas

Centenas de pessoas seguem presas após um mês dos atos golpistas acontecidos em Brasília. Saiba mais sobre a situação

No último dia 8 de janeiro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, em atos golpistas, realizaram ataques aos Três Poderes, em Brasília. A situação resultou na depredação dos prédios e destruição de peças históricas.

Na ocasião, o presidente Lula decretou a intervenção na segurança pública do Distrito Federal por 30 dias. Somente no momento dos ataques foram realizadas mais de 300 prisões em flagrante pelos crimes de ato terrorista, ameaça, incitação ao crime e golpe de Estado. Outras prisões aconteceram posteriormente.

Um mês após atos golpistas, 965 pessoas seguem presas

Ao longo do último mês, novas prisões foram realizadas. De acordo com levantamento do GLOBO, 965 pessoas se encontram detidas e 653 foram denunciadas pela PGR, a Procuradoria Geral da República.

Cerca de 100 mil denúncias foram enviadas por e-mail e analisadas. A Advocacia Geral da União, a AGU, determinou o bloqueio dos bens dos bolsonaristas presos pelos atos golpistas, resultando no total de R$ 18 milhões.

Em entrevista dada à CNN Brasil, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, destacou que é lamentável ter essa grande quantidade de pessoas presas, mas que as prisões não são questionáveis, uma vez que foram feitos os flagrantes.

“Na minha formação humanística, eu lamento”, afirmou. “Agora, tecnicamente, eu determinei naquele dia a prisão em flagrante e todas as vezes em que isso [atos golpistas] se repetir pelos próximos séculos terá a mesma resposta técnica: as pessoas estavam em flagrante, portanto, a prisão não é uma possibilidade, é uma obrigatoriedade”, completou Dino.

Investigação da Polícia Federal segue realizando prisões 

A Operação Lesa Pátria, comandada pela Polícia Federal, tem atuado na investigação do caso. As investigações consideram todos os envolvidos nos atos golpistas, desde a participação efetiva nos ataques aos Três Poderes, até envolvidos no financiamento e no incentivo dos terroristas nas redes sociais. A PF investiga ainda a omissão dos agentes públicos que podem ter colaborado com os ataques. 

Na última terça-feira (7), um dia antes de completar um mês dos atos golpistas, a PF deu início a 5° fase da Operação Lesa Pátria, cumprindo novos mandados de prisão de envolvidos nos ataques terroristas. 

Ao todo foram quatro presos na ação. Uma das prisões feitas foi a prisão preventiva do Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF. O coronel era responsável pelo setor de segurança para que atos golpistas fossem evitados. A omissão de Naime no momento dos atos é investigada, e o mesmo foi exonerado de seu posto.

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil