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Descubra se você está perdendo dinheiro com o PIS/PASEP!

Milhares de brasileiros têm valores a receber do PIS/Pasep e nem imaginam. A cada ano, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil divulgam saldos esquecidos, referentes a trabalhadores que contribuíram entre as décadas de 1970 e 1990 e nunca sacaram o dinheiro.

Esses recursos pertencem a pessoas que trabalharam formalmente e, por falta de informação ou confusão entre tipos de benefício, deixaram de resgatar valores acumulados. Em alguns casos, os montantes passam dos R$ 5 mil, especialmente para quem contribuiu por longos períodos.

Entender a diferença entre cotas e abono salarial é o primeiro passo para saber se existe algo disponível em seu nome.

pis pasep
Imagem: Canva

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Entendendo a diferença entre PIS/Pasep e o abono salarial

O PIS e o Pasep foram criados para formar uma espécie de poupança coletiva, abastecida por contribuições de empresas e órgãos públicos.
Esses valores eram depositados em contas individuais de trabalhadores, funcionando como um fundo de participação nos resultados da economia.

Já o abono salarial, que muita gente confunde com o PIS/Pasep, é um benefício anual concedido a quem trabalhou formalmente e recebeu até dois salários mínimos em média no ano-base. Ele funciona como um “extra” pago anualmente, diferente das cotas antigas.

As cotas do PIS e do Pasep foram encerradas em 1988, mas os valores permanecem disponíveis para saque a qualquer momento pelos titulares ou seus herdeiros.

Quem pode sacar o PIS/Pasep

Têm direito ao saque das cotas os trabalhadores cadastrados nos programas até 4 de outubro de 1988, que não retiraram o dinheiro após o encerramento do fundo.
Os valores também podem ser solicitados por herdeiros de participantes falecidos, desde que apresentem os documentos necessários para comprovar o vínculo familiar.

No caso do PIS, o dinheiro é administrado pela Caixa Econômica Federal, enquanto o Pasep é de responsabilidade do Banco do Brasil.
Mesmo quem já se aposentou pode ter direito ao saque, e a boa notícia é que o resgate pode ser feito em qualquer época, sem prazo final.

Como descobrir se há valores disponíveis em seu nome

Hoje, o processo de consulta é totalmente digital e leva poucos minutos.
Os trabalhadores do setor privado podem consultar as informações pelo aplicativo Caixa Trabalhador, pelo app Caixa Tem ou diretamente no site da Caixa.

Já os servidores públicos devem acessar o site do Banco do Brasil ou o aplicativo da instituição, onde há uma área específica para verificar o saldo do Pasep.

Outra opção é o portal http://Gov.br , onde é possível fazer login com o CPF e acessar a seção “Meus Benefícios”. Lá, o sistema indica se há algum saldo disponível e fornece orientações sobre como solicitar o saque.

Como é feito o saque dos valores

O procedimento para sacar varia conforme o tipo de conta e o banco responsável.Quem possui conta ativa na Caixa geralmente recebe o crédito automaticamente, sem necessidade de solicitação.

Nos casos em que o valor não foi depositado, é possível retirar em agências da Caixa, caixas eletrônicos ou lotéricas, apresentando documento de identificação com foto.No Banco do Brasil, o pedido de saque pode ser feito pelo site, aplicativo ou diretamente nas agências.

Herdeiros devem comparecer presencialmente a uma agência bancária, levando certidão de óbito, documentos pessoais e comprovante de parentesco, como certidão de nascimento ou casamento.

Por que muitos brasileiros ainda não sacaram

Grande parte das pessoas não faz ideia de que esses valores ainda existem.Na época em que os depósitos eram realizados, a comunicação era precária, e os dados dos trabalhadores não eram digitalizados. Além disso, o tempo e as mudanças de emprego fizeram com que muitos perdessem contato com o benefício.

Outro fator é a confusão com o abono salarial, que é pago todos os anos a trabalhadores recentes, enquanto as cotas são referentes a um fundo antigo.
Também há casos em que o titular faleceu e os familiares desconhecem o direito ao resgate.

Como funciona o abono salarial atualmente

O abono salarial do PIS/Pasep continua ativo e é pago anualmente a quem cumpre os requisitos definidos pelo governo federal.
Tem direito ao abono quem:

  • Trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias no ano-base considerado;
  • Recebeu até dois salários mínimos por mês em média;
  • Está inscrito no PIS ou Pasep há pelo menos cinco anos;
  • Teve os dados informados corretamente pelo empregador no eSocial ou RAIS.

O valor do abono é proporcional ao tempo de trabalho no ano anterior, podendo chegar a até um salário mínimo. O calendário de pagamentos é divulgado pela Caixa e pelo Banco do Brasil.

Como evitar perder o benefício

O principal passo é manter seus dados sempre atualizados.No caso do abono, informações incorretas repassadas pela empresa podem fazer o trabalhador perder o direito.
Já para as cotas antigas, é fundamental guardar documentos antigos, como carteira de trabalho, número do PIS ou comprovantes de contribuição.

Também é importante consultar periodicamente o portal http://Gov.br , que centraliza todas as informações sobre benefícios e permite acompanhar se há valores esquecidos em seu CPF.

Nunca acesse links enviados por redes sociais ou aplicativos de mensagem que prometem “consultas rápidas” — essas páginas geralmente são fraudulentas e usadas para coletar dados pessoais.

O que fazer se você acredita ter direito, mas não aparece saldo

Caso você tenha trabalhado entre 1971 e 1988 e não encontre valores no sistema, pode solicitar uma verificação presencial. Basta comparecer a uma agência da Caixa ou do Banco do Brasil com documentos de identificação e carteira de trabalho.

Em alguns casos, pode haver inconsistência nos dados ou necessidade de atualização de CPF e nome de registro. O atendimento presencial ajuda a esclarecer eventuais pendências e confirmar se o saldo já foi retirado anteriormente.

O risco dos golpes relacionados ao PIS/Pasep

A popularidade do tema também tem atraído golpistas.Eles se passam por representantes da Caixa, do Banco do Brasil ou do governo, enviando mensagens que prometem liberar valores esquecidos mediante pagamento de taxas ou fornecimento de informações pessoais.

Nenhum órgão oficial entra em contato por telefone, WhatsApp ou redes sociais para liberar o saque.
Toda consulta deve ser feita apenas pelos canais oficiais.
Se você receber mensagens suspeitas, o ideal é bloquear o contato e comunicar a tentativa de fraude à ouvidoria do banco ou à polícia.

A importância de fazer a consulta

Verificar se há dinheiro esquecido é simples, rápido e pode representar um ganho financeiro que faz diferença no orçamento. Esses valores foram acumulados ao longo da vida profissional e pertencem ao trabalhador ou a seus herdeiros por direito.

Muitos ainda não sabem, mas há bilhões de reais parados em contas do PIS/Pasep aguardando resgate.
Por isso, vale a pena dedicar alguns minutos para fazer a consulta oficial e garantir que nenhum valor seu fique esquecido no sistema.

Pis/pasep
Imagem: Freepik / Edição: Seu Crédito Digital

Informação é o caminho para recuperar o que é seu

Conhecer as diferenças entre as cotas e o abono, saber onde consultar e evitar fontes não oficiais são passos essenciais para não deixar dinheiro para trás. O PIS/Pasep é um direito de quem contribuiu e ajudou a construir o país.
Com um simples acesso ao aplicativo ou ao site oficial, é possível descobrir se há valores disponíveis e solicitar o saque com segurança.A informação, nesse caso, é o verdadeiro investimento — e pode render mais do que você imagina.