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Dinheiro digital: Brasil, EUA e China querem abandonar papel-moeda; entenda

O dinheiro está aos poucos se encaminhando para sua maior reinvenção. A ideia da moeda digital já chegou na Suécia, e o Brasil, os EUA e a China podem ser os próximos a adotarem essa mudança. A intenção é cortar os custos de impressão e trazer mais controle e segurança sobre as operações financeiras.

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Como a mudança para o dinheiro digital acontece?

O dinheiro digital seria uma espécie de CBDC (Central Bank Digital Currency), que traduzido seria algo como “Moeda Digital Emitida pelo Banco Central”. Em outras palavras, essa é uma versão virtual da moeda de um país.

Dessa forma, ao invés de usar o papel-moeda como dinheiro, seria usado um token que tem a mesma validade que a sua versão física. A China, por exemplo, já está desenvolvendo a sua CBDC, chamada Yuan Digital.

Em maio de 2021, o Banco Central divulgou as diretrizes para a criação de uma moeda digital, que é o primeiro passo para a criação de uma CBDC para o Brasil. O plano da instituição é ouvir a opinião da população e lançar o Real Digital ainda nesta década.

A moeda digital também tem sido tema de debate no Banco Central dos EUA e pode ser que daqui a alguns anos o token seja implementado lá também. A questão do CBDC também foi discutida na União Europeia, mas ainda não foram decididos quais serão os próximos passos.

Moedas digitais são criptomoedas?

As moedas digitais não são a mesma coisa que as criptomoedas. Afinal, o dinheiro virtual sempre passa pelo controle de um Banco Central, que administra e regulariza a emissão do ativo. Já as criptomoedas são registradas na blockchain, que é uma espécie de registro público feito na internet, e são emitidas e distribuídas de forma descentralizada.

Outra diferença está no uso das duas. O dinheiro digital é pensado para ser usado nas tarefas do dia a dia, como pagar contas, transferir e guardar dinheiro no banco. Já o Bitcoin, por exemplo, é visto como um ativo especulativo, que funciona mais como um tipo de investimento do que uma moeda para ser usada no cotidiano.

Desafios de implementação do dinheiro digital

A mudança do dinheiro físico para o digital pode encontrar problemas tecnológicos, digitais e socioeconômicos na sua implementação no Brasil. 

Uma das barreiras é que nem todos os brasileiros têm acesso a internet. A pesquisa promovida pelo Cetic.br em parceria com o Cgi.br mostra que cerca de 19% da população, ou seja, aproximadamente 60 milhões de habitantes, não possuem acesso à internet.

Além disso, segundo o levantamento do Instituto Locomotiva, 21% dos adultos (34 milhões de pessoas) não possuem conta bancária ou não a utilizam por mais de um mês. Dessa porcentagem, 44%  não tem interesse ou não sente necessidade do serviço.  Outros 40% afirmaram não ter renda e/ou estarem negativados no serviço de proteção ao crédito.

Outra questão é o costume da população em usar o dinheiro físico, principalmente os mais idosos. A dificuldade que essa parte da população tem em acessar os meios digitais pode ser um obstáculo na hora de fazer uso da moeda virtual.

Apesar desses problemas, especialistas em finanças preveem que até 2030 teremos a implementação da moeda digital brasileira.

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Imagem: Araya Wattanasetthanun / Shutterstock.com