Empresas oferecem descontos e parcelamento em até 60 vezes para quitar dívidas
As empresas credoras têm buscado facilitar a renegociação das dívidas por meio das plataformas onde é possível o parcelamento em até 60 vezes.
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O Brasil possui, atualmente, 66,6 milhões de inadimplentes. Por isso, as empresas credoras têm buscado facilitar a renegociação das contas com o consumidor, desenvolvendo plataformas onde é possível o parcelamento de dívidas em até 60 vezes.
Em 2018, a Serasa criou o Feirão Limpa Nome, no ano seguinte ela foi procurada por 5 milhões de pessoas interessadas a renegociar suas dívidas. Contudo, somente no primeiro semestre deste ano, 10 milhões de cidadãos já buscaram uma forma para renegociar suas pendências financeiras.
Propostas para quitar as contas atrasadas
Com a inflação e os juros altos, que deixam o orçamento do consumidor apertado, as empresas têm recebido de bom grado as propostas de quitação de pendências.
“É tendência que vai crescer, especialmente em tempos de crise. As fintechs têm melhor performance para fazer cobranças, são diferentes dos insistentes call centers. Conseguem identificar falhas nos sistemas de contas a receber das empresas e oferecem controle mais eficiente dos pagamentos”, afirma Bruno Diniz, presidente da consultoria de inovação Spiralem, voltada para o setor financeiro.
De acordo com Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, há um movimento para quitar as dívidas, com a melhora do nível de emprego e a liberação do saque-extraordinário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
“As pessoas estão se livrando da inadimplência ou pelo menos de algumas de suas dívidas. Mas a inflação precisa cair para a inadimplência diminuir. E os juros, que seguem altos, pesam contra, porque encarecem as dívidas.” explicou Rabi.
Dívidas
Segundo a Serasa, o valor médio por pessoa de dívida é de R$ 4.179,51, sendo que bancos e cartões aparecem na frente com 28,18% dos débitos, porém logo em seguida vem as contas de consumo (água, luz, gás) com 22,74%.
Renegociação pelo internet
Com o número recorde de dívidas em atraso, as empresas têm feito as negociações por meio de plataformas digitais, que oferecem melhores condições de parcelamento e juros, além de disponibilizar um parcelamento a perder de vista. Como é o caso da plataforma Acordo Certo, que além disso tudo, ainda oferece um curso de educação financeira.
“O consumidor entra na plataforma, enxerga as dívidas, vê as condições oferecidas pelas empresas e resolve” explica Bruna Allermann, educadora financeira da Acordo Certo.
Na plataforma é possível negociar com empresas como, Riachuelo, Claro, Havan, Renner, Vivo, Bradesco, entre outras. Assim, a Acordo Certo, que foi comprada pela empresa de crédito Boa Vista em 2020 por R$ 37 milhões, recebe comissão das empresas a cada renegociação fechada.
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Imagem: giggsy25 / Shutterstock.com
