Empréstimos ficam mais caros com o aumento da Selic?
Na semana passada, o Banco Central (BC) aumentou a taxa básica de juros Selic, que subiu a 9,25%. E esse fato exige muita cautela do consumidor, de acordo com a coordenadora do curso de Economia da Universidade Metodista, Silvia Okabayashi. Abaixo, descubra como ficam os empréstimos com o aumento da Selic.
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Empréstimos ficam mais caros com o aumento da Selic?
Em entrevista à CNN Rádio, Okabayashi disse que há diversas consequências que vêm com a alta da Selic. “Usar cheque especial, por exemplo, que normalmente já é uma linha de crédito com taxa de juros elevadíssima, deve aumentar ainda mais.” Além disso, os empréstimos também ficam mais caros.
De acordo com Okabayashi, “a melhor recomendação é que tenhamos critério nos gastos nesse momento, que possa pensar se aquilo que vamos consumir é necessário, a palavra de ordem é economizar, tudo fica mais encarecido”.
Ademais, a professora citou ainda os financiamentos e créditos como outros fatores afetados pelos juros. “Vai encarecer mais o financiamento imobiliário, empréstimos pessoais, a compra de produtos de maior valor agregado, como eletroeletrônicos e veículos, tudo vai ficar mais difícil.”
Okabayashi defende a organização financeira para que o endividamento das famílias não aumente ainda mais neste período de instabilidade. E assim, o instrumento do BC de aumentar os juros “funcionaria bem se estivéssemos vivendo uma inflação de demanda”.
No entanto, o que temos é uma inflação de oferta. Ou seja, “de repasse de custos de produção, boa parte dele é oriundo do aquecimento da demanda mundial que tem encarecido produtos essenciais básicos de consumo, como commodities”.
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Imagem: eamesBot / Shutterstock.com
