Endividamento bate recorde e atinge 74,6% dos brasileiros em outubro

O aumento no número de endividamento das famílias acontece de forma escalonada, pelo 11º mês consecutivo. No mês de setembro, o índice estava em 74%. Em comparação ao mesmo período de 2020, o índice saltou 8,1 pontos percentuais. Atualmente, cerca de 12,2 milhões de famílias têm dívidas a vencer em cartão de crédito, cheques pré-datados, cheque especial, carnês de lojas, crédito consignado, empréstimo pessoal, ou ainda, em financiamentos.

Por outro lado, o número de famílias que seguirá em situação de endividamento por falta de condições de pagamento caiu 0,2 pontos percentuais. Já em setembro, 10,3% das pessoas estavam nessa situação. Atualmente, em outubro, houve o registro de um total de 10,1%. No mesmo período de 2020, o número de famílias que vivia nessa situação era de 11,9%.

Segundo o CNC, a alta da Selic desacelera a proporção de endividamento, já que a taxa básica de juros que impacta os serviços bancários, está cada vez mais cara. Para o presidente da CNC, “a inflação corrente elevada e disseminada tem deteriorado os orçamentos domésticos e diminuído o poder de compra das famílias, em especial as na faixa de menor renda. Os números demonstram os esforços em manter os compromissos financeiros em dia, com renegociação e melhor controle dos gastos”.

Por fim, vale ressaltar que o cartão de crédito segue como o principal vilão para o endividamento das famílias. Em suma, ele é o motivo de dívidas de 84,9% das famílias. O salto foi de 6,4 pontos em comparação ao mesmo período de 2020. Em seguida, está o carnê de lojas (20,2%), e o financiamento automotivo (12,7%).