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Será que as fintechs vão acabar com os bancos tradicionais?

A nova onda de contas digitais tenta tirar o domínio financeiro dos bancos tradicionais.

O mundo caminha cada vez mais para empresas tecnológicas que permitam acesso fácil e rápido, bem como procedimentos não burocráticos.

Diante disso, as fintechs, bancos digitais e métodos de pagamentos, tais como Pix e pagamento por QR Code, têm cada vez mais ganhado espaço nos dias de hoje.

Diante do boom das fintechs e da modernização dos meios de pagamentos, há uma pergunta que não quer calar: elas vão acabar com os bancos tradicionais? 

Será que as fintechs vão acabar com os bancos tradicionais?

Para responder a essa pergunta, podemos comparar os bancos a plásticos. Apesar de estar “fora de moda”, o brasileiro ainda não vive sem eles. E com certeza, mesmo que deixassem de ser usados, levariam muito tempo para sumir. 

É necessário deixar claro que o mundo está cada vez mais se abrindo para o caminho digital. Dessa forma, estima-se uma redução significativa no número de portas giratórias, filas, agências, entre outros. E, sem dúvida, as grandes responsáveis por essa mudança são as fintechs. 

Se não fosse a existência delas, os bancos tradicionais continuariam imperando. Além disso, eles continuariam fazendo o que sempre fizeram, por todos os anos em que dominaram o mercado financeiro: ganhar dinheiro para seus acionistas. 

A partir da chegada dos players digitais, rápidos e eficientes, os bancos se viram forçados a se adaptar, e de forma acelerada, para não perder por completo o mercado para as fintechs.

Além disso, precisaram direcionar recursos que iriam para os investidores, para atender a demandas antigas: melhoria de serviços, criação de novos produtos baratos e eficientes, bem como um atendimento melhor e digno.

Um exemplo disso é a criação de contas digitais pelos próprios bancos tradicionais: Já temos o Iti, do Itaú, Next, do Bradesco, Bitz, também do Bradesco e a Conta Confia, do Santander. Em outras palavras, estão todos buscando um espaço no meio digital.

Tendência mundial

Paralelo a isso, é importante citar que todas as transformações que aconteceram no Brasil, em parte, compõem um fenômeno global. Ou seja, pouco a pouco a tecnologia foi ganhando espaço e transformando o mercado financeiro mundial.

Contudo, os bancos conseguiram razoavelmente se adaptar de forma rápida a todas essas mudanças. Por conta disso, hoje não há nenhuma projeção de que os bancos sejam extintos.

É dito isso porque, apesar de tudo, os bancos possuem algo muito difícil de derrubar: marca sólida, lucros enormes, bem como relacionamento longo com muitos clientes.

Mudanças no mercado financeiro

Dessa forma, espera-se uma grande transformação do mercado. Sem dúvida, há bancos que podem ficar para trás, assim como várias fintechs. E independentemente do que aconteça, há apenas um beneficiado nisso tudo: o consumidor.

É dito isso, pois o boom das fintechs e a adaptação dos bancos tradicionais gerou maior competitividade, novos produtos e melhorias aos clientes.

O mercado, assim como os seres humanos, está em constante evolução. Provavelmente os bancos vão existir por muitos anos. Sendo assim, a pergunta que restará é: qual a dimensão e lugar que eles vão ter na sociedade. 

Afinal, os bancos tradicionais vão acabar?

Não, dificilmente os bancos tradicionais vão acabar, mesmo com as fintechs que têm surgido para competir com eles. Principalmente empresas com décadas de vida como Itaú, Bradesco, Caixa e etc. 

Essas são marcas muito consolidadas no Brasil e que obtêm centenas de milhões de lucros anuais. Ou seja, não são novos competidores que irão tirar toda a parcela de mercado que eles conquistaram ao longo dos anos.

O que pode acontecer é uma busca por inovação. Para não ficar atrás das novidades que as fintechs trazem para o mercado financeiro, essas bancos têm e terão que mudar de acordo com as novas demandas de seus clientes.

No final, quem saí na vantagem somos nós, que temos opções e produtos financeiros cada vez melhores e mais diversos para atender nossas necessidades.

Imagem: Jirsak / shutterstock.com

Coautor: João Caldas