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Gigi: conheça a assistente virtual da conta Superdigital (do Santander)

Os bancos tradicionais estão focados em concorrer com as fintechs. Para isso, estão lançando as suas próprias, para passarem longe do estigma de instituições tradicionais. Por exemplo, o Bradesco lançou o next, o Itaú lançou o iti e o Santander comprou em 2016 a Superdigital (que também tem um cartão roxinho, semelhante ao do Nubank). Agora, a conta Superdigital apresenta uma novidade para seus usuários: a Gigi, uma assistente virtual.

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A Gigi deve funcionar mais ou menos como a BIA, do Bradesco. Com a ajuda desse recurso, os clientes podem desbloquear cartões, pedir cancelamentos, consultar saldos, ativar avisos de viagem e consultar cartões de transporte. Além disso, a Gigi também responde por SMS, no caso do cliente da fintech não ter acesso à internet no momento. A partir de fevereiro, o recurso estará disponível 24 horas por dia.

Saiba mais sobre a Superdigital, conta virtual da Gigi

A fintech foi comprada em 2016 pelo Santander em duas etapas. Primeiramente, o banco pagou R$ 31 milhões. Já na segunda etapa, pagou R$ 119 milhões. O objetivo do Santander com a fintech é atingir a parcela da população que ainda não tem conta em banco, que chega a 60 milhões de pessoas.

A Superdigital visa às classes C e D, sendo uma opção muito utilizada para receber salários. Entre os principais gastos usando a fintech estão os aplicativos de transporte, de delivery de comida e serviços de streaming. As compras no cartão da fintech já somaram R$ 1 bilhão.

“Temos muitos clientes que trabalham no ramo da construção civil ou no campo. A Superdigital é uma plataforma de inclusão financeira que tem como objetivo trazer as pessoas que não têm acesso a uma conta bancária para dentro do mercado financeiro. O cliente recebe um cartão Mastercard internacional quando ativa conta e ele pode ser usado como um cartão pré-pago em lojas físicas, mas também tem um recurso de cartão virtual, que viabiliza o uso em compras on-line. Só não dá para parcelar compras”, afirmou em entrevista Felipe Castiglia, presidente da empresa.

Em outubro passado, a Superdigital relançou sua conta para MEIs, que não faz consulta ao SPC e Serasa. Ela oferece número de agência e conta do Santander, manutenção gratuita, pagamento de contas e cartão Mastercard grátis.

Essa é uma opção para os pequenos empreendedores, que querem separar o dinheiro da empresa das finanças pessoais, mas não querem pagar tarifas para isso. Em bancos tradicionais, por exemplo, as tarifas para se manter uma conta chegam a R$ 70 por mês.

Outras assistentes virtuais de bancos

Um exemplo famoso de assistente virtual é a BIA, do Bradesco. Seu nome é uma sigla para Bradesco Inteligência Artificial. A assistente foi treinada pelos próprios funcionários das agências para conseguir responder perguntas com facilidade, Assim fica mais fácil fazer operações do dia a dia a tirar dúvidas. Outra característica da Bia é que ela se conecta com o Google, ou seja, não é preciso ter o app do Bradesco para “falar” com ela.

O Banco BMG também tem a sua própria inteligência artificial, que eles chamam de Duda. Com ela é possível até mesmo fazer transações, sem a necessidade de um atendente humano. Ela pode ser acessada pelo aplicativo Meu BMG e responde os clientes 24 horas por dia.

Uma “colega” de Gigi, Bia e Duda é a Babi, do Banco Inter. A diretora de marketing do Banco Inter afirmou na época do lançamento do recurso que “ter uma assistente virtual apoiada por uma grande equipe é um caminho natural para um banco 100% digital, mas com essência humana”.

Uso de assistentes virtuais femininas levanta discussões sobre estereótipos gênero

Você pode estar se perguntando por que todas têm nome e até voz de mulher. Segundo essas empresas, as vozes femininas soam mais acolhedoras para os usuários. Há outra linha de pensamento, porém, que acredita que essas escolhas reforçam estereótipos de gênero. Um estudo feito pela UNESCO em 2019, chamado I’d Blush If I Could (Eu coraria se pudesse, em tradução livre) mostrou que essas assistentes são desenvolvidas majoritariamente por homens.

Há ainda um novo problema surgindo, com pessoas assediando até mesmo as inteligências artificiais. No ano passado, a assistente virtual da Magazine Luiza, a Lu, também “publicou” um post nas redes sociais falando sobre o assédio que recebia na internet.

Algumas marcas estão indo para o caminho de adotar vozes masculinas, enquanto iniciativas desenvolvem vozes que podem ser consideradas sem gênero. Por enquanto, precisamos lidar com a essa nova era de suporte feito por inteligências artificiais e as melhores práticas para sermos auxiliados por elas.

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Imagem: Reprodução / Superdigital.