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“Grande Renúncia”: em 5 meses, Brasil tem quase 3 milhões de pedidos de demissão

De janeiro a maio deste ano, 2,9 milhões de pessoas pediram demissão no Brasil, com maior incidência no setor de tecnologia

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De janeiro a maio deste ano, 2,9 milhões de pessoas pediram demissão no Brasil, maior índice desde 2005. Dessa forma, o perfil de quem pede para deixar o emprego é formado predominantemente por homens, com ensino superior completo, na faixa etária de até 29 anos e que atuam na área de tecnologia.

Setor de tecnologia

Em síntese, seis das dez ocupações que mais tiveram pedidos de demissão são de Tecnologia da Informação (TI), um setor que já sofre com a escassez de mão de obra. E, dessa forma, deve enfrentar um apagão nos próximos anos. Analista de desenvolvimento de sistemas e gerente de tecnologia da informação são as ocupações com maior número de pedidos de demissão.

O levantamento foi realizado pela área de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), com dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Previdência. Assim, na comparação dos primeiros cincos meses deste ano com os do ano passado, ocorreu uma alta de 33,8% no volume de desligamentos por iniciativa do funcionário. 

Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores, que também acompanha os dados do Caged, afirma que as demissões voluntárias registraram recorde no acumulado de 12 meses terminado em junho deste ano, 6,3 milhões.

Outras prioridades

Embora a taxa de desemprego esteja em 9,3% no país, a explicação para tantas pessoas pedirem demissão tem características bem brasileiras.

De acordo com Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan, historicamente os pedidos de demissão eram motivados por questões pessoais, remuneração e desafios profissionais. Contudo, com a pandemia houve mudanças nas relações de trabalho e as prioridades passaram a ser outras.

Segundo ele, estes profissionais querem agendas de trabalho que favoreçam a qualidade de vida, como o híbrido.

Ademais, o mercado de trabalho voltou a aquecer e quem aceitou um emprego por salário mais baixo na pandemia agora está indo atrás de uma remuneração melhor.

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Imagem: Orlando Neto / Shutterstock.com