Inflação em alta e cesta básica cara: Veja quanto deveria ser o salário mínimo dos brasileiros
Inflação em alta atinge principalmente as famílias mais humildes
A inflação voltou a ser um problema que assombra os brasileiros, principalmente os de baixa renda. Com isso, a cesta básica está cada vez mais cara, consumindo cada vez mais uma parte maior do salário. Segundo pesquisa do Dieese, a cesta básica já consome 55,68% do salário mínimo.
A pesquisa aconteceu em um total de 17 capitais, onde cerca de 15 delas viram aumentar o valor da cesta básica. Os campeões do aumento foram Fortaleza, com 3.92% , Campo Grande com 3,89% e Aracaju com 3,71%. Isso quer dizer que as famílias viram aumentar em quase 4% o valor da cesta. Contudo, a mais cara do país é em Porto Alegre, com uma média de R$ 656, seguido por Florianópolis e São Paulo.
Se comparado com o mesmo período do ano passado, a alta dos preços atingiu todas as capitais do país, com Brasília liderando este aumento, com 30%. O professor Wilson Ornelas deu um exemplo de como a inflação está atingindo os mais pobres.
“Um pacote de arroz, um de leite, só o básico. Um pacote de tomate, porque não dá para estocar mais, não. Foi-se o tempo que a gente estocava. Independentemente da classe social, ninguém está dando conta de estocar“, disse.
Quanto deveria ser o salário mínimo no Brasil
O Dieese levou em consideração a cesta básica de Porto Alegre para calcular quanto deveria ser o salário mínimo no Brasil. Para alimentar uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças, o salário mínimo no país deveria ser R$ 5.518, cinco vezes maior do que o atual.
Além disso, também foi calculado quanto tempo o brasileiro precisa trabalhar para comprar uma cesta básica. Levando em consideração uma jornada de trabalho de 8 horas, o brasileiro precisa trabalhar 14 dias para comprar a cesta. No ano passado, era necessário trabalhar um total de 12 dias.
“Aqueles que ganham em torno de um salário mínimo têm uma punição enorme do ponto de vista da qualidade, inclusive da sua alimentação, da qualidade das suas condições de vida“, afirma Ricardo Henriques, da Universidade Fluminense.
Enfim, gostou da matéria?
Então nos siga no canal do YouTube e em nossas redes sociais, como o Facebook, Twitter, Twitch e Instagram. Assim, você vai acompanhar tudo sobre bancos digitais, cartões de crédito, empréstimos, fintechs e matérias relacionadas ao mundo das finanças.
Imagem: Adao / shutterstock.com
