IPCA apresenta deflação de 0,68% no mês de julho
A redução no teto do ICMS foi uma estratégia eleitoral adotada pelo Governo Federal.
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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação, apresentou queda de 0,68% no mês de julho. É a primeira deflação em 25 meses de altas consecutivas. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi a menor taxa registrada desde 1980. No entanto, a inflação segue com dois dígitos. Neste ano, o percentual é de 4,77%. No acumulado de 12 meses, com a redução, a taxa recuou para 10,07%. O percentual é duas vezes maior que o teto da meta para o ano.
A deflação já era esperada pelos economistas. O principal motivo é a queda nos preços dos combustíveis e da energia elétrica com a redução no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Produtos) sobre esses itens e os anúncios da Petrobras sobre a diminuição dos preços nas refinarias.
A gasolina, item de maior peso individual no IPCA, apresentou recuo de 15,48% e o etanol, 11,38%. O custo da energia elétrica nas residências diminuiu 5,78%.
Sobre a energia, outro fator influenciou a queda. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a revisão das tarifas extraordinárias em 10 distribuidoras do país, o que acarretou na redução das tarifas a partir de julho.
Deflação é temporária
A redução no teto do ICMS foi uma estratégia eleitoral adotada pelo Governo Federal. Com a aprovação da lei, os economistas já esperavam um alívio na taxa inflacionária, porém, de forma temporária. As projeções para o próximo ano não são as melhores.
A avaliação é de que a deflação no mês de julho é pontual e não deve seguir para os próximos meses devido a inflação generalizada que segue na casa dos dois dígitos. No levantamento, são considerados 9 grupos de produtos e serviços. No mês de julho, 7 apresentaram alta nos preços. Os alimentos, grupo que têm puxado a inflação, com preços em alta, continuam a subir.
Para 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta da inflação em 3,25%. O Banco Central, porém, já afirmou que a taxa vai ficar acima da meta.
Inflação acumulada nos 12 meses
Confira o histórico da inflação acumulada nos últimos 12 meses. Apesar da deflação, a taxa segue alta.
- Julho/2021: 8,99%;
- Agosto/2021: 9,68%;
- Setembro/2021: 10,25%;
- Outubro/2021: 10,67%;
- Novembro/2021: 10,74%;
- Dezembro/2021: 10,06%;
- Janeiro/2022: 10,38%;
- Fevereiro/2022: 10.54%;
- Março/2022: 11,30%;
- Abril/2022: 12,13%;
- Maio/2022: 11,73%;
- Junho/2022: 11,89%;
- Julho/2022: 10,07%.
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