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Brasil pode ter deflação em agosto? Gasolina e energia estão em cena

Após a redução da tributação sobre os combustíveis e a energia elétrica, a inflação deve apresentar recuo no próximo mês.

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

Com as alterações nas tributações sobre determinados produtos e serviços, como os combustíveis e a energia elétrica, economistas apontam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), um dos índices da inflação, deve registrar deflação nos próximos meses. 

Os descontos na conta de energia concedidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para cumprir a lei que determina do PIS/Confins cobrado dos consumidores e a redução do ICMS sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transporte, proposta pelo Governo Federal, são fatores que contribuirão para a deflação.

Com essas medidas, o IPCA deve apresentar recuo de 0,58% em julho e 0,04% em agosto. A última vez que isso ocorreu foi em 2020 devido a pandemia de Covid-19. 

Deflação deve ser de curto prazo

Para especialistas, o alívio deve ser a curto prazo e está diretamente ligado com a agenda eleitoral, em uma tentativa por parte do governo, em amenizar os impactos causados pela alta crescente da inflação, o que recai sobre as intenções de votos dos brasileiros.

É importante ressaltar que essas reduções e alterações nas tributação tem prazo para acabar. A partir do próximo ano, os preços voltarão a subir. Isso porque o Governo Federal antecipou essas reduções que já estavam previstas somente para o próximo ano. 

Mesmo diante de uma diminuição nos valores dos combustíveis e da energia elétrica, os brasileiros continuarão sofrendo com os altos preços uma vez que a inflação deste ano já atingiu patamares elevados em relação aos produtos e serviços gerais. 

A deflação pode ser prejudicial? 

A deflação é o fenômeno contrário à inflação, ou seja, ocorre quando os preços de produtos e serviços começam a apresentar quedas. Nesse sentido, parece algo muito positivo para o cenário econômico de um país, no entanto, existem alguns aspectos preocupantes. 

Com a diminuição dos preços, as empresas passam a ter um rendimento menor do que o esperado, o que pode causar aumento dos valores para cobrir os custos de produção, gerando desempregos. 

No mercado financeiro, os investimentos que são atrelados ao IPCA passam a apresentar menores rendimentos e muitas vezes podem gerar nenhum retorno ao investidor. O dinheiro, dessa forma, vale menos do que quando foi aplicado. 

Esse não deve ser o cenário do Brasil uma vez que a deflação não deve permanecer por muito tempo.   

Inflação no Brasil entre as maiores do mundo

Recentemente, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um relatório que mostra que a inflação brasileira está entre as maiores do mundo e acima da média quando considerado os países desenvolvidos. 

Os países membros do G20, bloco com as maiores economias mundiais, apresentaram a taxa média da inflação em 8,8% em maio deste ano, considerando os últimos 12 meses. Já no G7, a média da inflação ficou em 7,5% no mesmo período. 

O Brasil, no acumulado de 12 meses, ainda que tenha apresentado redução, atingiu 11,7%. 

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Imagem: kckate16 / Shutterstock.com