Justiça condena Uber a pagar R$ 400 mil à família de motorista assassinado

O Tribunal Regional do Trabalho da 3º Região (TRT-3) condenou a Uber a pagar R$ 400 mil à família de um motorista que foi assassinado em março de 2019, em Belo Horizonte (MG). 

No dia do crime, cinco assaltantes surpreenderam a vítima em uma viagem e levaram o veículo para debaixo de uma ponte. No local, o condutor foi agredido com golpes no crânio e nas costas. As lesões levaram o homem à morte.

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Uber contestou os pedidos da família

Em 2021, a mãe e a viúva de vítima abriram uma processo trabalhista solicitando:

• Uma indenização de R$ 400 mil;
• Uma pensão mensal de R$ 2 mil (quantia que o condutor faturava por mês fazendo viagens pelo aplicativo);
• Reconhecimento do vínculo empregatício do homem com a empresa. 

No entanto, a Uber contestou as solicitações feitas e pediu que o processo fosse totalmente extinto. A empresa negou ter vínculo empregatício com a vítima, justificando que o motorista jamais realizou prestação de serviços diretamente à empresa. 

Além disso, a empresa também argumentou que o condutor não estava em uma corrida pelo aplicativo durante a viagem e informou à Justiça que não se responsabilizaria pela ação. 

Juíza negou o pedido da Uber

Apesar da Uber tentar não ser responsabilizada pelo o que ocorreu com o motorista, a juíza Laudenicy Moreira de Abreu foi a favor da família da vítima e negou a solicitação da empresa de corrida por aplicativo. 

Laudenicy, então, condenou a Uber a pagar R$ 200 mil tanto para a esposa quanto para a mãe da vítima. Os valores são referentes a uma indenização. 

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Imagem: Sundry Photography / Shutterstock.com