População LGBTQIA+ sofre mais com desemprego devido ao preconceito
Segundo uma pesquisa efetuada pelo coletivo #VoteLGBT, divulgada em 2021, constatou-se um dado que já vinha sendo observado e que demonstra as camadas de preconceito em relação à população LGBTQIA+. Enquanto a população do Brasil tinha, em junho, 14,1% de desempregados, conforme a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) revelada no fim de agosto, no caso das pessoas LGBTQIA+ foi observado o índice de 17,5%. Atualmente, o número geral é de 13,2%, entretanto houve um aumento da informalidade.
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População LGBTQIA+ sofre mais com desemprego
Conforme o material do #VoteLGBT, que relaciona os impactos provocados pela pandemia da Covid-19 em relação a esse público, a piora da vulnerabilidade financeira é um dos principais resultados. Ademais, houve também, uma piora da saúde mental e afastamento da rede de apoio e da grande insatisfação com o governo da população LGBTQIA+.
De acordo com o demógrafo e integrante do grupo, Samuel Silva, esses resultados são, na real, reflexo de histórias de vida marcadas por violências da população LGBTQIA+. Inclusive, há muitas histórias ainda na primeira infância, que impedia um ambiente escolar que seja favorável ao aprendizado. “Muitas dessas pessoas largam ou têm rendimento abaixo da média. E mesmo as que conseguem, a entrada no mercado de trabalho é marcada por preconceitos”, explica Silva.
Por conta da dificuldade, muitas pessoas LGBTQIA+ acabam procurando por opções de empregos informais e com menos direitos trabalhistas. E isso, tem se mantido com a pandemia. “Os primeiros setores fechados foram os de entretenimento, arte e economia criativa. E são umas das últimas que têm voltado”, acrescenta Silva.
Segundo Rafaelly Wiest, diretora administrativa e coordenadora da área de Diversidade & Inclusão da Aliança Nacional LGBTI, é preciso fazer uma análise profunda sobre a situação. Assim como, é preciso uma ação para mudar o cenário. “É preciso investir em educação e em qualificação profissional. Se não o fizermos, não vamos avançar”.
Por fim, segundo a pesquisa, 6 em cada 10 LGBTQIA+ tiveram uma diminuição, ou ficaram sem renda por conta da pandemia. Além disso, 6 em 10 dos desempregados LGBTQIA+ já estão sem trabalho há 1 ano ou mais.
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Imagem: Boyloso / shutterstock.com