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Mais de 102 milhões de contas de celular são vazadas na Dark Web em novo roubo de dados

Dados do presidente da República fazem parte do vazamento.

A empresa especializada em segurança cibernética PSafe descobriu um vazamento de dados de operadoras telefônicas e efetuou uma notificação à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Nesse novo vazamento, até mesmo dados do presidente da república Jair Bolsonaro e do apresentador do Jornal Nacional, William Bonner, compõem a base de informações adquiridas.

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De acordo com pronunciamento da PSafe, houve um vazamento no total de 223 milhões de dados de CPF na Dark Web.

A empresa, por meio do seu programa dfndr lab, descobriu mais uma série de vazamentos preocupantes envolvendo operadoras de telefonia celular. A delatora disse que, precisamente, foi um total de 102.828.814 de dados de celulares vazados. Os dados contêm informações sensíveis de milhões de brasileiros, possivelmente com informações como duração de ligações, número de celular, dados pessoais, dentre outros.

Os dados roubados pertencem a qual empresa?

O criminoso que adquiriu e comercializou essas informações na Dark Web foi contatado pela equipe da PSafe. Ele disse que as informações extraídas são das operadoras Claro e Vivo.

O criminoso digital diz ter um total de 57,2 milhões de informações sobre contas telefônicas da Vivo, de um total de 78,5 milhões de contas.

No caso dessa companhia, os dados contam com informações como nome, número de telefone, RG, data de habilitação, endereço, atraso de pagamentos de dívidas, valor de faturas e suas características (se são pré-pagos ou pós-pagos).

Contudo, a Vivo nega a possibilidade dos dados vazados e reforça que o seu sistema de segurança de dados tem os mais rígidos processos de segurança.

No caso da operadora Claro, o hacker declara ter acesso a 45,6 milhões de registros, apesar de serem informações menores. No entanto, ainda são muitos dados, como CPF, CNPJ, o plano telefônico, endereço residencial e digital, número do telefone etc.

A base total da Claro conta com 63,1 milhões de contas. A operadora, quando contatada, disse não ter encontrado evidências do vazamento e alegou que vai fazer uma análise para ver se consegue identificar essa possibilidade. A empresa ressaltou também o seu forte investimento em segurança de dados para manter um ambiente seguro aos clientes.

Sobre a veracidade dos dados

O CEO da empresa PSafe, Marco DeMello, disse que o vazamento foi descoberto pela empresa no dia 03 de fevereiro e que a equipe entrou em contato com o criminoso para comprovar a veracidade dos dados comercializados.

DeMello revela que o hacker não é brasileiro, mas sim um estrangeiro que comercializa os dados por US$ 1 inicialmente, preço que varia com a quantidade de dados obtidos. Por exemplo, quem compra milhões de registros chega a pagar um centavo por cada dado.

O executivo contatou a ANPD e disse que ela ajudará as entidades a investigar mais a fundo o caso e a descobrirem mais sobre os responsáveis.

Vale lembrar também do recente episódio que envolveu vazamento de dados: Hacker afirma que dados vazados de 223 milhões vieram da Serasa.

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Imagem: leolintang / Shutterstock.com