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O que são marketplaces e como escolher o melhor

Marketplaces são espaços virtuais onde diversas lojas e empresas comercializam produtos e serviços, podendo ser ligados a grandes varejistas

Para entender o que são os marketplaces, não é necessário ir tão longe. Uma simples tradução já dá conta da definição deste conceito. Afinal, essa nada mais é que a palavra em língua inglesa para mercado.

Isso mesmo: em uma viagem a um país falante dessa língua, ao se referir a um marketplace, está se falando de um mercado, mais provavelmente, um mercado aberto ou uma feira.

No Brasil, entretanto, normalmente utilizamos esse termo mais especificamente para as versões online desse tipo de espaço. E elas funcionam exatamente assim, de maneira similar a uma feira.

Neste artigo, vamos explicar exatamente o que são estes espaços online!

O que é um marketplace

Quando falamos em marketplaces online, a comparação com um mercado ou um shopping ajuda na compreensão. Isso porque tratam-se de espaços virtuais em que diversas empresas e lojas podem comercializar produtos.

Esse tipo de ambiente permite que pequenas e grandes marcas compartilhem um espaço online de vendas. Atualmente, alguns dos principais marketplaces são de empresas já consolidadas de varejo ou outros segmentos, como Americanas e Magazine Luiza.

Mas os marketplaces não são exclusividade do varejo. A comercialização de outros produtos e serviços também existe em marketplaces segmentados. São os casos de empresas como iFood e Rappi.

Com estes exemplos, fica um pouco mais fácil compreender como funciona!

Uma grande marca pode possuir um marketplace paralelo à sua loja virtual ou mesmo ter sido criada com o intuito de ser esse facilitador.

E aqui vale uma ressalva. Um marketplace não é a mesma coisa que uma loja virtual. Isso porque as lojas são exclusivas das marcas. 

Isto é: uma marca de roupas esportivas, por exemplo, pode ter sua própria loja, onde são vendidos apenas produtos dela mesma. 

Já em um marketplace, produtos de marcas concorrentes dividem um espaço.

Quando os marketplaces surgiram

Apesar de terem passado por alterações com o decorrer do tempo, inclusive pela natural evolução tecnológica e avanço da internet, os marketplaces ainda seguem uma ideia similar desde a época de seu surgimento.

Esse modelo de negócio surgiu ainda em meados dos anos 1990. Empresas como a americana Amazon e a chinesa Alibaba foram precursoras no oferecimento de um ambiente online para a comercialização de produtos.

Ambos os negócios existem até hoje. O foco das duas empresas, porém, mudou, com a ampliação dos segmentos. 

A Amazon, por exemplo, começou com foco em vendas de músicas, vídeos e livros. Enquanto isso, a Alibaba surge como uma plataforma para conectar empresas de todo o mundo com fabricantes chineses em compras pelo atacado.

Amazon e Alibaba (por meio da Aliexpress) são reconhecidas como marketplaces de vendas para pessoas físicas de produtos em primeira mão.

Outros exemplos de negócios que atualmente funcionam no mesmo modelo e foram precursores na criação de marketplaces são a americana eBay e a argentina MercadoLivre — criadas em 1995 e 1999, respectivamente.

No Brasil, Americanas e Ponto Frio são lojas que até hoje possuem e aprimoraram seus marketplaces e participaram dos primeiros movimentos de criação desse tipo de ambiente digital.

Como vender em um marketplace

É natural que cada empresa possua particularidades em relação à política para vendas no seu marketplace. Essas variações guardam relação com diversas questões envolvidas na venda de produtos online.

Logística, custos para a empresa, regime fiscal e tipo de produto ou serviço oferecido podem influenciar na forma com a qual a loja atua dentro do marketplace. 

Conheça, agora, alguns dos principais fatores a se levar em consideração:

Custos

As principais diferenças em relação às taxas cobradas por empresas aos novos integrantes do seus marketplaces são em relação ao modelo de pagamento. 

Algumas delas optam pela cobrança de um plano, enquanto outras podem exigir o pagamento de uma comissão referente a uma porcentagem aplicada sobre o valor do produto.

A Amazon oferece pacotes mensais para empresas ou pessoas físicas que desejam anunciar na plataforma. 

É possível escolher entre a conta profissional ou individual. No caso do primeiro, o valor é fixado em R$ 20 ao mês, já no segundo, é cobrado R$ 2 por produto vendido. A esse valor, são somadas comissões de 8% a 15%, a depender do produto.

Na Magazine Luiza, há apenas a taxa de comissão associada ao produto. As variações, no entanto, podem ser maiores. Os serviços chegam a render uma comissão de 40%, enquanto em outros produtos chegam a apenas 16%.

O marketplace das Americanas segue uma política similar. Antes de fevereiro de 2022, havia uma taxa fixa para produtos com valor inferior a R$ 40. Hoje, é cobrada apenas a taxa de comissão, que varia de 12% a 19%.

marketplace bancário
Imagem: Natee Photo / Shutterstock.com

Logística

Conseguir garantir agilidade nos processos de logística não é fácil. Assim, as empresas que disponibilizam marketplaces podem também garantir a entrega de produtos. 

Por possuírem uma operação estabilizada e maiores níveis de investimento nessa área, delegar às empresas o serviço pode ser interessante.

Os processos de cada empresa para distribuição podem variar. Magalu Entregas e FBA ou FBA Onsite são as responsáveis por Magazine Luiza e Amazon, respectivamente, pela distribuição.

A Magazine Luiza não cobra qualquer valor pela delegação da logística. Basta apenas o envio do produto pelos Correios para a empresa. Já no caso da Amazon, existe uma tarifa de remoção baseada no peso do produto.

Esses são apenas dois exemplos, mas os processos de logística podem variar em preço e dinâmica de acordo com a política de cada marketplace com os lojistas.

Cadastramento de produtos

Para conseguir incluir os produtos no marketplace, será necessário publicá-los no ambiente virtual. Esse pode ser um trabalho mais ou menos complicado devido a variedade de oferta das lojas.

Se não há capital humano o suficiente para fazer isso manualmente, talvez seja necessário utilizar uma integradora

Enquanto isso, as plataformas costumam permitir que essa ferramenta seja utilizada nos sites, algo bastante comum.

Portanto, uma integradora nada mais é que uma plataforma que centraliza as ofertas de produtos e distribui ela por diversos canais de venda. 

Se um lojista, por exemplo, vende seus produtos em diferentes marketplaces, a integradora automatiza o processo de anúncios para todos eles, demandando menos trabalho.

(Com Iuri Santos)

Imagem: Maxx-Studio / Shutterstock.com