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Entenda os motivos que fazem as ações do Nubank cair; será que é hora de investir?

Com base nos últimos fechamentos, desde a abertura do IPO, que aconteceu em dezembro do ano passado, as ações da Nubank já desvalorizaram 63% na bolsa de valores. Atualmente as ações atingiram a menor cotação já registrada pelo Nubank, de US$ 3,69.

Em relação aos pedacinhos, que chegaram à casa de R$ 14 no início do ano, hoje estão avaliadas em R$ 2,84. Mas afinal, quais fatores têm contribuído para a queda do roxinho? Continue lendo o texto para entender.

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Desvalorização do Nubank: é hora de comprar?

O analista de research da Warren, Gustavo Pazos, afirmou em entrevista ao Estadão que o Nubank é uma instituição financeira que aumentou a base de clientes de modo exponencial. Isso aconteceu por meio de serviços mais eficientes no meio digital, menos burocráticos e gratuitos.

Contudo, os investidores não estão confiantes, visto que apesar de ter um grande número de clientes, a fintech não tem obtido êxito em monetizar essa base.

Para Fábio Louzada, economista, analista CNPI e fundador da escola Eu me banco, “o Nubank tinha um valuation que não representava a realidade de uma instituição que possuiria — e possui — desafios pela frente”.

Outro fato que abalou os valores do Nubank foi o anúncio com previsão de um possível pagamento de R$ 804,4 milhões aos oito integrantes da diretoria executiva da instituição. Todavia, por ser uma empresa que ainda não apresenta lucro, a notícia gerou polêmica no mercado.

Além disso, fatores externos, que marcam o cenário econômico atual, possuem grande influência, como o aumento das taxas de juros no mercado americano, que afetou não apenas a Nubank, mas todas as empresas do setor tecnológico.

Segundo Lucas Ribeiro, analista de renda variável da Kínitro Capital, esse último ponto é responsável em 80% da desvalorização apresentada.

Aliado a essa alteração, estão a inflação e o contexto de guerra entre Rússia e Ucrânia, que aumentaram o risco para desembolso de crédito. Esses aspectos desaceleram uma possível valorização. 

Para o Itaú BBA, “isso aumenta o risco de o Nubank eventualmente ter de frear a originação (concessão de crédito), diminuindo o ritmo de monetização e diminuindo as esperanças para 2023”.

Entretanto, mesmo diante a este cenário, o fundador do Nubank, David Velez, segue confiante e afirmou ainda que a fintech na construção e na mesma estratégia”.

Para a analista CNPI da Nord, Danielle Lopes, “a maré de azar está longe de acabar”. A especialista explicou ainda que, após enormes promessas no prospecto de IPO (de um crescimento que não virá), o Nubank passa por dificuldades de oferecer empréstimos e créditos com juros de volta aos dois dígitos no Brasil”.

O Itaú BBA tem recomendação “underperform” (equivalente à venda) para as ações do Nubank. Segundo a empresa, “o Nubank também está enfrentando desafios de custo e crédito”.

Por outro lado, o BTG Pactual aumentou a recomendação de venda para neutra. Isso aconteceu depois da divulgação do balanço do primeiro trimestre da fintech. Os números foram vistos como “fortes”.

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Imagem: Jo Galvao / Shutterstock.com