Novo golpe busca enganar aposentados; entenda como funciona

É muito claro que os idosos precisam de mais atenção, principalmente em relação a sua saúde e finanças. Isso porque eles são alvos mais fáceis de armadilhas que podem ser prejudiciais. Mas, agora, há um novo golpe que pode afetar ainda mais os aposentados.

Agora, os idosos são vítimas de mais um tipo de golpista: advogados desonestos que manipulam procurações para instaurar ações legais sem consentimento. Isso permite que os fraudadores, ao obter sucesso nesses processos, recebam indenizações, apropriando-se dos valores direcionados aos idosos.

Como acontece esse golpe contra aposentados?

De acordo com Walter Silveira Moraes, sócio do escritório Dias Costa Advogados, a facilidade no acesso às informações tem permitido a alguns advogados explorarem de forma indevida os dados desses idosos. Eles obtêm acesso aos contracheques, identificam os descontos de empréstimos e as empresas envolvidas, e usam esses detalhes para criar ações em nome dessas pessoas sem o seu conhecimento.

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Moraes também destaca que o objetivo por trás desse excesso de ações é aumentar a chance de sucesso mediante condutas irregulares. A estratégia visa forçar erros por parte da parte contrária ou do Judiciário, potencializando as chances de êxito em algum desses processos.

Forma que advogados coletam informações é errada

De acordo com as informações, esses advogados usam empresas fictícias ou assessorias financeiras que não estão sujeitas às normas da OAB. Além disso, eles criam falsas expectativas sobre as ações revisionais, prometendo reduções exageradas nas dívidas bancárias. Essa estratégia muitas vezes envolve o pagamento disfarçado de honorários por meio de taxas antecipadas.

A OAB-MG já recebeu denúncias desses golpes. A presidente da Comissão de Admissibilidade e de Instrução do TED da OAB-MG, Maria Flávia Máximo, reforça a gravidade dessas práticas, que mancha a imagem de advogados e prejudica os idosos. Segundo Máximo, as denúncias chegam, em sua maioria, de advogados e são também observadas pela magistratura.

Foto: gpointstudio/Reprodução