Nubank vê chance de acelerar crescimento com a crise no país
De acordo com o atual presidente do Nubank, David Vélez, a crise e a estagnação da economia no Brasil podem auxiliar o banco digital a crescer no mercado financeiro mesmo com os altos riscos econômicos. Atualmente com mais de 41 milhões de clientes, a fintech é uma das maiores instituições financeiras digitais do mundo.
Mesmo com a chance de crescimento, a startup prevê que terá de encarar o aumento de juros e da inflação em 2022, além da desaceleração econômica. Com isso, há uma possibilidade da inadimplência crescer no Brasil.
Porém, o CEO do Nubank acredita que a fintech manterá seus números de inadimplência abaixo da média devido ao uso de inteligência artificial na concessão de crédito.
Segundo Vélez, em entrevista para a Reuters nesta terça-feira (1), esse cenário de maior risco pode oferecer mais chances da startup expandir seu crescimento rapidamente:
“Nós podemos ter a oportunidade de acelerar e ganhar mais mercado e deixar as taxas de juros baixas para tornar nossos produtos mais competitivos”, disse David Vélez.
O CEO do Nubank também afirmou que está analisando a melhor forma de iniciar seus negócios no mercado de empréstimos consignados. Além disso, a empresa quer ampliar a carteira de empréstimos com a oportunidade de oferecer garantia de carros e imóveis, em uma parceria com a Creditas.
Planos futuros do Nubank
Mesmo sendo um grande apoiador dos sistemas bancários totalmente digitais, David Vélez cogita que a empresa possa ter alguma unidade física futuramente. Essas agências serviriam para atender alguns tipos de serviços e usuários específicos.
Embora isso não seja uma prioridade atual do Nubank, Vélez afirmou que o banco digital está considerando uma presença física para aqueles que investem altíssimo capital e procuram uma consultoria, ou clientes que desejam financiar imóveis.
Dessa forma, há inclusive uma possibilidade da fintech realizar parcerias com instituições bancárias tradicionais para conceder crédito imobiliário.
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