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Número de endividados cresce após as compras de fim de ano

Após três meses em queda, o número de endividados no Brasil voltou a crescer no mês de dezembro. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 65,6% das famílias tiveram algum tipo de dívida em dezembro. Os números representam uma alta de 0,4 ponto percentual em relação a novembro, quando o os endividados representavam 65,1%.

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Os dados demonstram, ainda, que este é o maior nível de brasileiros com algum tipo de dívida desde o ano de 2010. Em comparação a dezembro do ano anterior, o número de endividados subiu mais de 5%, visto que em 2018 o número representava 59,8% das famílias.

Houve recuo, entretanto, nos comparativos mensais, no percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso, que reduziu de 24,7% para 24,5%. Além disso, também houve redução (de 10,2% para 10%) no percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes.

Os dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) demonstram também que a parcela média da renda comprometida com dívidas recuou em dezembro para o menor patamar desde junho de 2019.

Com o que se relaciona o endividamento no Brasil?

Segundo os estudos, entendem-se que as famílias veem o número de dívidas crescer por problemas relacionados ao sistema. O presidente da Confederação explica que a tendência de alta no número de endividados está associada à ampliação do mercado de crédito ao consumidor, impulsionada por fatores como a melhora recente no mercado de trabalho, sobretudo no emprego formal. Além disso, a redução das taxas de juros ofertadas por bancos e empresas financeiras contribuíram para que mais brasileiros solicitassem crédito pessoal, levando a dívidas e inadimplência.

Estima-se, também, que 30% dos consumidores com restrição ao crédito têm mais de uma dívida em atraso, sendo que 56% dos empréstimos foram feitos há mais de sete anos. Ou seja, os brasileiros ainda sofrem os reflexos da crise que teve início anos atrás e permanece até hoje.

O cartão de crédito figura como grande vilão

Embora permita que milhões de brasileiros tenham acesso às compras, o cartão de crédito ainda é apontado como o principal vilão do endividamento no país. As exorbitantes taxas de juros colocadas sob os cartões de crédito, principalmente quando se trata do rotativo, acabam transformando as dívidas em uma bola de neve.

Desde a primeira Peic, realizada há dez anos, o cartão de crédito atingiu, em dezembro de 2019, seu maior patamar na série histórica: 79,8%. Em segundo lugar, aparecem os carnês (15,6%) e, em terceiro, o financiamento de carro (9,9%). Outros tipos de financiamento, cheque especial e créditos também aparecem na lista das maiores causas de dívidas das famílias.

Apesar dos dados negativos em relação ao endividamento no mês de dezembro, a conclusão é positiva, uma vez que o número de inadimplentes recuou.

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Imagem: schuldnerhilfe, via Shutterstock.