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Os bancos tradicionais vão sobreviver com a concorrência das fintechs?

Afinal, o que está acontecendo com os bancos tradicionais? Parece que as fintechs já estão atingindo diretamente as instituições financeiras mais antigas, e essa tendência é algo que sempre falamos aqui no site. Pois bem, há alguns dias atrás noticiamos o caso do encerramento de agências do Bradesco, que acontece entre este ano e o ano que vem. E agora, o banco Itaú, outro gigante do segmento, também anunciou o fechamento de 400 agências em massa ainda em 2019. Antes disso, o Banco do Brasil havia anunciado uma reestruturação. Mas afinal, os bancos tradicionais vão sobreviver com a concorrência das fintechs?

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Os bancos tradicionais vão sobreviver com a concorrência das fintechs?

Vamos falar a verdade, a concorrência chega a ser quase desleal, se levarmos em conta os custos de uma conta digital e uma conta bancária tradicional. Mas, antes de mais nada, vamos entender porque os bancos tradicionais não conseguem proporcionar contas grátis (na maioria dos casos) como as fintechs.

Custos operacionais

Primeiramente, é necessário entender que um banco digital tem muito menos funcionários, e só ai você percebe uma diferença de custos. Enquanto o Nubank, por exemplo, tem atualmente cerca de 1.300 funcionários, bancos grandes, como Bradesco e Itaú somam quase 100.000 funcionários, e o Banco do Brasil tem mais de 109.000. Imagina a diferença de custos entre pagar salário para 100 vezes mais funcionários.

Isso sem contar o custo operacional das agências e terminais de auto-atendimento. Enquanto o Nubank não tem nenhuma agência física, o Itaú e Bradesco tem mais de 4.000 espalhadas pelo Brasil, enquanto o Bando do Brasil de quase 5.500 agências. Pensa num custo alto de cada agência?

Clientela

Mas, ainda assim, é preciso levar em conta que estes bancos tem mais clientes do que as fintechs, e que eles cobram mais na maior parte dos casos, ou seja, mais lucro. Vamos usar o exemplo do Banco Inter, provavelmente um dos maiores bancos digitais do Brasil, que tem atualmente 3 milhões de clientes. O Itaú é um dos maiores bancos tradicionais do Brasil, com cerca de 90 milhões de clientes.

Lucros

Se formos analisar os lucros dos bancos tradicionais versus as fintechs, é discrepante a comparação. Enquanto os bancos tradicionais lucram bilhões no trimestre, o melhor lucro entre os bancos digitais é do banco Inter, que conseguiu cerca de 12 milhões no trimestre. É extremamente desigual quando comparado aos lucros trimestrais de R$ 7,1 bilhões do Itau, R$ 5,8 bilhões do Bradesco e R$ 4,5 bilhões do BB. Nem mencionamos aqui o Nubank, que tem acumulado prejuízos, propositais (entenda).

Mas então, mesmo com estes lucros exorbitantes, porque os bancos tradicionais estão cortando gastos, fechando agências e diminuindo o número de funcionários?

Aumento da concorrência das fintechs

Embora as fintechs ainda não lucrem tanto quanto os bancos tradicionais, é necessário levar em contra o número de clientes, que como já vimos, é bem menor, e o crescimento das fintechs. Até pouco tempo atrás, esses bancos não existiam. Para você ter uma ideia, o Banco Inter lançou sua conta digital em 2016, e o Nubank lançou seu cartão de crédito em 2014 e sua conta digital em 2017. Já o BB foi lançado há 211 anos, o Itaú há 74 anos e o Bradesco há 76 anos. Podemos dizer que as fintechs ainda estão na sua infância, enquanto os bancos tradicionais já estão na terceira idade.

Mas as fintechs prometem. Se formos analisar o crescimento das instituições, aí o jogo vira. O banco Inter teve neste ano um crescimento de 90,2% nas receitas líquidas, e o Nubank teve um aumento de 80,5% na receita operacional . Enquanto isso, os bancos tradicionais tiveram crescimento bem menos expressivo. O Itaú teve um lucro líquido 10% maior que no ano passado, o BB lucrou 33,5% a mais nesse ano, e o Bradesco teve um aumento de cerca de 20%. Isso demonstra que as fintechs tem tendência a ficarem maiores que os bancos tradicionais.

Mas os bancos tradicionais estão de olho nessa tendência, e vários deles já tem suas versões de contas digitais (como o Next do Bradesco) e cartões de crédito digitais e sem anuidade (como o Dígio, do Bradesco em parceria com o BB). A verdade é que provavelmente os bancos tradicionais também vão se digitalizar para poder concorrer com os bancos digitais, e os que não fizerem isso à tempo, tendem a perder clientes e lucros.

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