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PEC das Bondades pode aumentar a inflação

A continuidade de políticas temporárias de apoio à renda pode aumentar os ganhos de risco do país e as expectativas de inflação

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

De acordo com avaliações do Banco Central do Brasil, a continuidade de políticas temporárias de apoio à renda pode aumentar os ganhos de risco do país e as expectativas de inflação, segundo ata do Comitê de Política Monetária publicada na última terça-feira (9). Essa avaliação ocorre em um momento onde os candidatos à Presidência afirmam que manterão o pagamento extra dos benefícios sociais a partir do ano que vem.

Segundo a autoridade monetária, existem vários meios pelos quais a política fiscal pode impactar na inflação, incluindo seu efeito sobre a atividade, preços de ativos e expectativas de inflação.

“Políticas temporárias de apoio à renda devem trazer estímulo à demanda agregada e que o prolongamento de tais políticas pode elevar os prêmios de risco do país e as expectativas de inflação à medida que pressionam a demanda agregada e pioram a trajetória fiscal”, explicou.

Medidas emergenciais

Dessa forma, usando o argumento de ser preciso adotar medidas emergenciais após a guerra na Ucrânia, o governo liberou repasses fora do teto de gastos para elevar em 50% o valor do Auxílio Brasil, incluir novas famílias no programa social e criar benefícios a caminhoneiros e taxistas, além pagar o valor integral do vale-gás.

Promessa de campanha

As medidas aprovadas pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Bondades tem validade somente até dezembro deste ano. Contudo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lideram as intenções de voto, já prometeram que irão manter o Auxílio Brasil no valor de R$ 600,00 em 2023, caso sejam eleitos.

“Medidas de sustentação da demanda agregada, que serão implementadas no curto prazo, devem dificultar uma avaliação mais precisa sobre o estágio do ciclo econômico e dos impactos da política monetária”, apontou o Copom na ata.

De acordo com a autoridade monetária, o aumento das expectativas e das projeções de médio prazo se centralizou na inflação de preços administrados, devido ao caráter temporário de algumas medidas tributárias. Ademais, o corte de tributos federais sobre combustíveis em vigor no momento tem vigência até dezembro deste ano.

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Imagem: Maxx-Studio / Shuttertock.com