Popularização dos cartões Black: aumentaram os furtos nas Salas VIP?
Na última quinta-feira (19), durante a live diária do Seu Crédito Digital, iniciamos um debate baseado em uma nota publicada pelo portal Cartões, Milhas e Viagens que relatava casos de saqueamentos nas salas VIP de aeroportos de todo Brasil.
A pauta responsabilizava a flexibilização de acesso aos cartões blacks pelas “situações lamentáveis – que – estão acontecendo ou ficando mais frequentes do que no passado”. Por isso, a redação do SCD entrou em contato com algumas das Salas VIP mais frequentadas no Brasil para entender melhor o que de fato está acontecendo.
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Popularização dos cartões Black e os furtos nas Salas VIP
De acordo com Neia, gerente da Advantage VIP Lounge, a Sala VIP do aeroporto de Congonhas, atualmente cerca de 10% dos clientes que utilizam a sala VIP colocam produtos na mochila e “acabam abusando” da quantidade.
A gerente afirmou que há informativos na sala alertando sobre o regulamento de utilização do espaço: “a gente sempre coloca informações de consumir os produtos no local. Em todas as salas têm informativos nas geladeiras, no buffet”. Contudo, para a empresa, o consumo consciente deve ser aplicado mesmo quando não há informações.
“O cliente precisa ter essa informação maior por parte do benefício que normalmente é fornecido pelo banco. Alguns clientes, entendem que podem levar o que quiser”, alertou a responsável pelo local.
A princípio, no aeroporto de Congonhas, a Advantage apenas fiscaliza e orienta clientes que exagerarem. “Se for um exagero, quando você vê que a pessoa quer pegar uma garrafa de bebida, levar uma quantidade grande, a gente aborda e alerta sobre o consumo, sobre o regulamento, por questão de consciência e saúde.”
A gerente salientou que essas situações sempre aconteceram, porém em uma quantidade menor, visto que “antigamente as salas VIP tinham um número menor de clientes com acesso a esses cartões, e o perfil dos clientes também mudou bastante.”
“Antes o perfil era muito executivo, hoje em dia com facilidade não é mais esse perfil, é família, né?! E aí, acaba modificando, porque o executivo viaja duas ou três vezes na semana, então não tinha tanta necessidade de levar e consumir em exagero. Já quando vem família, uma quantidade grande de crianças… Então a gente acaba se perdendo um pouco, mas nada que os informativos não resolvam”, completou.
Quando questionada sobre a possibilidade de alteração nos produtos oferecidos pelas salas VIP, Neia afirmou que “é difícil, porque a gente quer oferecer uma qualidade para o cliente. Ainda é a minoria, ainda dá pra controlar.”
A Inframérica, responsável pela sala VIP do aeroporto de Brasília, informou que não há relatos de situações semelhantes no local e que mesmo com a popularização dos cartões, o comportamento de consumo dos clientes segue normal.
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Imagem: WAYHOME studio / Shutterstock.com
