Por falta de celular e internet, milhões de brasileiros ficam sem auxílio
De acordo com um estudo do FGV/Cemif (Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira, da Fundação Getulio Vargas), constatou-se que a exclusão digital prejudicou as famílias mais pobres. Muitos brasileiros, por não ter celular e internet, não conseguiram ter acesso ao auxílio emergencial durante a pandemia.
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Por falta de celular e internet, milhões de brasileiros ficam sem auxílio
Os números apontados na pesquisa demonstram uma exclusão digital considerável. O fato de não ter celular e internet fez com que diversos brasileiros não tivessem acesso ao Auxílio Emergencial. De acordo com os dados, 20% dos entrevistados das classes D e E tentaram, mas não conseguiram o auxílio por não ter celular. Ao considerar todas as classes, esse percentual é de 7%.
Além disso, 22% das pessoas mais vulneráveis tentaram, porém não conseguiram o benefício por não ter internet. As dificuldades com internet fizeram com que 28% tivessem problemas para usar o aplicativo Caixa Tem.
O levantamento do coordenador do Cemif, Lauro Gonzalez e do pesquisador Marcelo Araújo levou em conta a base de dados da segunda edição do painel TIC Covid-19, do Cetic. Ele foi realizado entre junho e setembro de 2020.
Os dados da pesquisa TIC Domicílios mostra o acesso regular à internet como uma dificuldade. Um em cada quatro brasileiros não usa a internet. E a grande maioria desse grupo é composta por pessoas das classes D e E, bem como moradores de áreas rurais. Dessa forma, abre-se espaço para um problema antigo do Brasil: enquanto o Governo Federal estuda digitalizar o cadastro do Bolsa Família, muitos brasileiros das classes mais vulneráveis não têm acesso ao celular e internet.
Por fim, os pesquisadores apontam que a exclusão digital existe até mesmo entre as pessoas que possuem acesso à internet. Afinal, muitos entrevistados apontaram problemas como não saber baixar aplicativos (18%), ou ainda, não ter espaço suficiente no celular (23%).
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