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Privatização da Eletrobras: entenda os riscos

Entenda em que o processo de privatização da Eletrobras causa impactos e se vale a pena investir em ações da companhia.

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

Novas ações da Eletrobras serão lançadas na bolsa de valores por meio do aumento de capital da empresa. Isso quer dizer que o valor de participação do governo federal será reduzido para no máximo 45%. Atualmente, o Tribunal de Contas da União (TCU) detém 60% do capital da Eletrobras e é considerado o acionista majoritário. 

Entretanto, alguns trâmites burocráticos devem ser seguidos para que o processo de privatização seja concluído. Várias ações, como a capitalização da companhia, estão tentando barrar a operação que é vista como prioridade por parte do Poder Executivo. Caso a ação seja bem-sucedida, será a maior privatização já feita por essa gestão. 

Diferentemente do pretendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, até o momento somente uma estatal de controle direto do Tribunal de Contas da União foi vendida, a Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa). 

A Codesa foi a primeira desestatização portuária do Brasil, vendida em um leilão junto com a concessão dos portos de Barra do Riacho e de Vitória, ambos em ES e com um contrato de 35 anos. A venda garantiu R$ 850 milhões em investimentos privados: R$ 335 milhões para novas instalações e R$ 515 milhões para manutenção.

Com o processo concluído, a estatal não terá um controlador definido, como no modelo adotado na privatização da Embraer. Isso implica em um aumento do controle acionário da Eletrobras, podendo render até R$ 100 bilhões aos cofres públicos. 

Quais os impactos da privatização da Eletrobras para o consumidor?

Há uma possibilidade de uma pequena redução na conta de luz, mas isso durará apenas nos primeiros anos após a privatização. Uma queda significante nas faturas não deve acontecer. 

Quem pode comprar as ações?

Quem tem prioridade para comprar as ações da Eletrobras são os atuais acionistas, empregados e aposentados da companhia.  

Portanto, as ações puderam ser reservadas até o dia 8 de junho. Dessa forma, foi possível usar no mínimo R$ 200 ou até 50% do saldo do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) para comprar ações.

Vale a pena usar os 50% do FGTS na oferta de ações da privatização da Eletrobras?

Não é recomendado investir mais do que 5% nesta oferta, segundo Ruy Hungria, analista da Empiricus. Ou seja, quem possui R$ 100 mil, por exemplo, deve utilizar apenas R$ 5 mil. 

Portanto, o indicado é ter uma reserva equivalente a seis meses de renda para fazer esse tipo de investimento. Para aqueles que já possuem o valor necessário, rendas fixa e variável podem ser um bom negócio, tendo em vista que as ações da Eletrobras têm potencial de 15% de valorização ao ano.                                                       

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Imagem: Gabriel_Ramos / Shutterstock.com