Próximo dia 03 será muito importante para o futuro da Casas Bahia; entenda
Entenda o que estará em jogo na assembleia da Casas Bahia (BHIA3), que acontece na próxima terça-feira (3), e a atual crise a empresa
O Grupo Casas Bahia (BHIA3) tem sido o foco das atenções do mercado financeiro nas últimas semanas. Com suas ações sofrendo uma desvalorização de 46% desde o follow on e com uma recuperação que depende de inúmeros fatores, a empresa se prepara para uma data crucial.
Na próxima terça-feira, 3 de outubro, a securitizadora Opea convocou uma assembleia geral que pode ditar os próximos passos e o futuro da varejista no mercado. Sendo assim, neste artigo, vamos explicar o que está em jogo na atual crise da Casas Bahia.
Assembleia da Casas Bahia: o que está em jogo?

O foco da assembleia é discutir a possível antecipação dos vencimentos dos certificados de recebíveis imobiliários (CRI), que estão lastreados na 8ª emissão de debêntures da empresa. Essa discussão foi impulsionada após a agência de classificação de risco S&P rebaixar a nota da emissão de CRIs da Opea.
Nesse sentido, o analista Fernando Ferrer, da Empiricus Research, destaca que a antecipação poderia comprometer a eficácia da reestruturação da empresa. Ademais, isso pode afetar significativamente a saúde financeira da Casas Bahia.
Assim, se isso ocorrer, a empresa poderá ter que utilizar os fundos levantados no follow on para quitar dívidas antecipadas. Dessa forma, ela compromete a sua capacidade de investir e crescer nos próximos trimestres.
BHIA3 vai entrar em recuperação judicial?
O cenário não é dos mais favoráveis para a varejista. Muitas de suas empresas, inclusive a Casas Bahia, enfrentam desafios financeiros, e o fantasma da recuperação judicial parece cada vez mais próximo. Max Mustrangi, especialista em reestruturação de empresas, ressalta que a situação da Casas Bahia é crítica.
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Ele destaca o endividamento da empresa e sua queima constante de caixa, mencionando que ela pode em breve ficar sem alternativas de financiamento. Malek Zein, analista do TC, reforça essa preocupação ao observar o alto nível de endividamento da empresa em comparação ao seu caixa disponível. Assim, o risco de uma recuperação judicial parece ser uma realidade cada vez mais próxima para a varejista.
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