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Recorde do Minha Casa Minha Vida faz governo cogitar mudanças no programa

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O Minha Casa Minha Vida (MCMV) tem registrado números impressionantes este ano, com a previsão de fechar 2023 com quase 600 mil financiamentos, estabelecendo um novo recorde.

No entanto, esse crescimento exponencial está colocando pressão sobre o orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que financia o programa.

Em resposta a esse cenário, o governo federal está considerando mudanças significativas nas regras do programa para equilibrar os recursos e promover a construção de imóveis novos, que geram mais empregos.

Pressão no orçamento do FGTS

Presidente Lula entregando chave de casa nas mãos de uma mulher
Imagem: Ricardo Stuckert (PR)/ Reprodução Governo Federal

O aumento no número de contratos do Minha Casa Minha Vida, que inclui tanto imóveis novos quanto usados, está elevando o custo do programa para cerca de 1% do PIB do Brasil.

Isso representa um aumento significativo nos gastos do FGTS, o principal financiador do programa. Em abril, o governo já havia ajustado as regras para a entrada em imóveis usados, mas novas medidas estão sendo discutidas para controlar ainda mais os gastos.

Novas medidas para o Minha Casa Minha Vida em avaliação

Entre as medidas em consideração, está a elevação do valor da entrada exigida para a Faixa 3 do programa — destinada a famílias com renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil — que desejam adquirir imóveis usados.

Atualmente, as famílias da Faixa 3 precisam pagar pelo menos 20% do valor do imóvel como entrada, com um teto de R$ 350 mil. O governo estuda aumentar essa exigência, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, onde a entrada foi elevada para até 30% em abril.

Impacto das mudanças

Benefícios e desafios

O aumento na entrada pode ajudar a equilibrar o orçamento do FGTS e direcionar mais recursos para a compra de imóveis novos, que são mais caros, mas também geram mais empregos.

O governo está tentando encontrar um equilíbrio entre a necessidade de apoiar a compra de imóveis usados — que são mais acessíveis para famílias de baixa renda — e a necessidade de estimular a construção de novos imóveis.

“Precisamos atender tanto aos imóveis usados quanto aos novos. Ambos têm vantagens e são importantes para a economia e para as famílias”, afirmou Jader Filho, Ministro das Cidades.

Crescimento dos imóveis usados

O número de financiamentos para imóveis usados saltou de 6,25% em 2021 para mais de 30% dos contratos de 2023. Essa mudança reflete um aumento substancial na demanda por imóveis usados, que eram anteriormente menos procurados.

Minha Casa Minha Vida: Perspectivas futuras

A meta do governo é contratar 2 milhões de unidades habitacionais pelo programa nos quatro anos de mandato. Com mais de 860 mil novos contratos já assinados até o primeiro semestre de 2024, é provável que essa meta seja superada antes do prazo.

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O governo também está avaliando o uso de casas modulares como uma solução potencial para o aumento da demanda e o controle de custos. Essas casas pré-fabricadas poderiam oferecer uma alternativa mais econômica e eficiente para expandir o programa habitacional.

Imagem: Ricardo Stuckert (PR)/ Reprodução Governo Federal