Risco-país do Brasil dispara 14% e vai ao maior nível desde novembro
Cenário piorou após comunicado de troca de comando da Petrobras.
Em um cenário de pandemia, crise econômica e indicadores financeiros ruins, a intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras, na última semana, apenas piorou a situação. Isso porque, desde o anúncio polêmica da troca de comando da estatal, o risco-país medido pelo spread dos contratos de 5 anos de credit default swap (CDS) disparou 14,02% até a última segunda-feira (22). Assim, o risco-país foi para 186 pontos. Os dados foram compilados pela Markit.
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Este também é o maior nível desde 6 de novembro, quando o spread chegou a 189 pontos. Porém, dessa vez, o motivo da mudança é interno, devido à intervenção de Bolsonaro na empresa. O anúncio foi feito pelo presidente na sexta-feira (19), com a indicação do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor da Itaipu Binacional, como novo presidente da Petrobras. Após a intervenção, a estatal perdeu quase R$ 100 bilhões em valor de mercado.
Risco-país do Brasil dispara 14%
Para entender melhor o cenário, é importante explicar que esses contratos, chamados de CDS (Credit Default Swap), servem para proteger o investidor em caso de um governo não honrar seus compromissos. Dessa forma, caso ocorra o default, que pode ser entendido como “calote”, ou simplesmente descumprimento de um compromisso, o banco que vendeu o CDS paga ao dono do título de dívida o valor que ele ficou sem receber.
Além disso, também vale destacar que a alta do risco-país para o Brasil também é bastante superior à observada por outras economias emergentes neste mesmo período. Exemplo disso é o spread do CDS do México, que subiu 6,79%. Já o da Rússia avançou 2,14%, enquanto o da África do Sul cresceu 3,71%. Por fim, pode-se comparar ao risco-país da Turquia, que cresceu cerca de 2,12%.
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imagem: Marcelo Chello / shutterstock.com