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Rombo da previdência vai forçar nova reforma!

Entenda como o crescente rombo da previdência pode impulsionar uma nova reforma e quais seriam seus possíveis impactos.

O cenário atual da Previdência Social no Brasil aponta para desafios que precisam ser enfrentados com urgência. Especialistas alertam sobre a necessidade vital de reformas para evitar um colapso financeiro. Neste contexto, este artigo explora as principais causas e possíveis soluções para a situação previdenciária do país.

Em 2024, um déficit alarmante ameaça as finanças do país. Projeções indicam que a Seguridade Social poderá enfrentar um rombo de R$ 326,2 bilhões, equivalente a 2,5% do PIB. Dessa maneira, se medidas não forem adotadas, em 2100, a necessidade de financiamento pode escalar para inimagináveis R$ 25,5 trilhões.

Quais são as principais causas do déficit na previdência?

  1. Crescimento da informalidade: A “uberização” do trabalho tem levado a um aumento de trabalhadores sem carteira assinada, dificultando a arrecadação de contribuições previdenciárias.
  2. Desaceleração do emprego formal: Apesar de um leve aumento no número de empregados formais em 2023, o ritmo desacelerou em comparação aos anos anteriores.
  3. Envelhecimento da população: O aumento do número de idosos pressiona os custos das aposentadorias, enquanto a base de contribuintes encolhe.
Fachada do edifício sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), onde se lê "Previdência Social".
Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com

Para Ecio Costa, economista e professor da UFPE, a solução pode estar em reformas que introduzam um sistema de capitalização similar à previdência privada, atraindo também os trabalhadores autônomos e informais. A redução da taxa de natalidade também intensifica a crise, ampliando a disparidade entre a população ativa e os beneficiários da Previdência.

Impacto do déficit nos governos

Além do governo federal, as prefeituras também sofrem com a crescente dívida previdenciária, que já soma mais de R$ 43 bilhões. Pedro Melchior, um renomado advogado, destaca que muitas cidades precisam utilizar uma significante parte de sua arrecadação para cobrir os déficits em seus sistemas previdenciários.

Em um aspecto positivo, a arrecadação do governo federal apresentou números recordes no primeiro trimestre de 2024, o que pode ajudar temporariamente na cobertura do déficit previdenciário. Em março, o recolhimento alcançou o maior valor desde 1995, somando R$ 190,6 bilhões, um aumento real de 7,22% em comparação ao mês equivalente no ano anterior.

A Previdência Social no Brasil enfrenta um verdadeiro teste de sustentabilidade. Sem reformas significativas e a adoção de novos modelos de gestão financeira, o futuro das próximas gerações pode estar em risco. A conscientização e a ação política se fazem necessárias para reformular o sistema e garantir a segurança econômica do país.

Imagem: Rafastockbr / shutterstock.com