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Santander vai demitir 20% dos funcionários no Brasil durante a pandemia?

Uma notícia recente que apavorou muitos funcionários da instituição financeira nesta pandemia é de que o Santander está abrindo um processo de demissão em massa. Para quem não sabe, o banco assinou um compromisso de não demitir pessoas durante a pandemia, e a assessoria de imprensa da instituição financeira nega. Entretanto, funcionários da alta gestão vazaram a informação de demissões para a imprensa. Afinal, é verdade que o Santander vai demitir 20% dos funcionários no Brasil durante a pandemia?

Antes de mais nada é importante lembrar que a fonte desta notícia é a Folha, jornal que teve acesso à informação por meio dos funcionários, que abriram o jogo pedindo em contrapartida que seus nomes não fossem revelados. Esses colaboradores do Santander também disseram que o critério para as demissões dos quase 10 mil funcionários seria uma avaliação da produtividade das equipes.

Atualmente, o banco conta com cerca de 47 mil funcionários no país, sendo que, destes, 9.438 seriam demitidos em função da pandemia. Entretanto, o banco assinou um compromisso público de que não demitiria pessoas sem justa causa durante a crise do coronavírus. Por outro lado, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região acusa o Santader de descumprir seu próprio compromisso, pois segundo a entidade, 15 pessoas já perderam o emprego.

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Santander vai demitir 20% dos funcionários no Brasil durante a pandemia?

Em nota, o Santander afirmou que o compromisso de não demissão de funcionários tinha validade de 60 dias, prazo que venceu no final de maio. No entanto, agora aparentemente o banco voltou atrás nesse compromisso e começou a demitir pessoas do rol de funcionários.

Conforme a fonte da notícia, a ordem foi dada na semana passada. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região recebeu denúncias sobre cortes de empregados sem justa causa. Pelo menos 15 demissões já foram registradas de acordo com a entidade trabalhista. Entretanto, o banco alega que houve uma grande queda na performance dos funcionários, especialmente na questão do home office. Dessa forma, esse teria sido o motivo destas demissões.

Segundo informações reveladas pelos funcionários, o presidente do Santander no Brasil, Sergio Rial, reclamou desta queda de produtividade e pressionou os funcionários que estavam em home office a voltarem para as agências, mesmo com o aumento de casos de coronavírus no Brasil.

O presidente do banco ainda alegou que o banco se enquadrava em um serviço essencial. Além disso, afirmou que desde o início da quarentena manteve 20% dos funcionários em funções administrativas na sede, em São Paulo.

Santander vai demitir, mas “sobra pouca gente pra demitir”

Conforme a dirigente sindical e funcionária do Santander, Lucimara Malaquias, um dos executivos alega que o Santander já fez cortes no quadro de trabalhadores nos últimos anos e diz que, agora, sobra pouca gente pra demitir com o critério de performance. Ela disse que no dia 23 de março o banco assumiu o compromisso público de não demitir funcionários durante o período crítico da pandemia. Entretanto, a sindicalista afirma que a entidade que representa já recebeu algumas denúncias de demissões sem justa causa na sede do banco e em Aymoré.

Ainda de acordo com a sindicalista, os executivos ainda alegam que as demissões são um ajuste no orçamento do Santander. No entanto, o banco registrou um aumento de 10,5% no lucro do primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.

Apesar disso, deve haver uma queda do lucro dos maiores bancos do Brasil nos próximos trimestres devido ao aumento da inadimplência por causa da pandemia, de acordo com os analistas financeiros.

Santander vai demitir e contratar ao mesmo tempo?

Embora haja essa notícia de demissões do Santander, o banco também está contratando, como falamos nesta notícia. O banco abriu cerca de 1.500 vagas nas áreas de tecnologia, riscos, dados, financeiro e jurídico.

A vice-presidente de recursos humanos do Santander, Vanessa Lobato, disse que o banco abriu estas vagas para estar preparado para a nova realidade (pós-pandemia), que exigirá profissionais de alta performance e capacidade de adaptação.

O que diz o Santander?

O Santander publicou uma nota na qual diz que não vai cortar 20% do seu quadro. Veja a nota abaixo:

“O Santander repudia a informação publicada pela Folha de S. Paulo, dando conta de que a organização planeja demitir 20% de seu quadro de funcionários”, afirma a assessoria de imprensa.

“Essa informação não é verídica e o título denota uma total falta de sensibilidade em relação aos mais de 45.000 funcionários da empresa. Lamentamos profundamente a abordagem sensacionalista.”

Em outro comunicado, o banco diz que foi uma das primeiras empresas brasileiras a assinar o abaixo-assinado do movimento Não Demita, que se comprometia a não demitir funcionários por 60 dias. Neste mesmo comunicado, o banco ainda alega que está contratando funcionários, e que seu compromisso social “segue inabalável”.

Reavaliação de produtividade

O banco ainda diz que, como qualquer instituição financeira, tem a necessidade de reavaliar a equipe de acordo com a sua produtividade. Na nota, o banco disse que “em paralelo, como parte da gestão de qualquer negócio, a liderança do Banco iniciou um processo de reavaliação do nível de produtividade de suas equipes, que deve ser contínuo em uma empresa que busca manter o melhor nível de eficiência da indústria”.

O comunicado ainda alega que “o movimento é necessário para fazer frente a um entorno muito mais desafiador, além da necessidade de navegar com eficácia em um ambiente de arquitetura aberta, trabalho em rede e busca incessante de níveis de automação ainda mais contundentes”, e que “este quadro de mudanças inclui, por exemplo, o trabalho remoto de equipes de forma mais permanente, já a partir do segundo semestre. A meritocracia é um dos grandes valores da instituição e é o filtro que pauta qualquer medida na esfera de gestão do nosso capital humano.”​

Com informações da Folha.

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Imagem: Rafapress, via Shutterstock.