54,6% das dívidas de inadimplentes são quitadas em até 60 dias, aponta Serasa
Confira outros apontamentos feitos pelo estudo da Serasa
Apesar da crise econômica atual, o indicador da Serasa Experian de abril de 2021 mostrou que 56,4% das dívidas de consumidores inadimplentes no Brasil são pagas em até 60 dias. Especialmente no segmento de serviços como água e energia. Em seguida, estão os bancos e cartões, que tiveram 62,6% de dívidas quitadas no período. Os dados são obtidos a partir do chamado Indicador de Recuperação de Crédito. Nele, é possível conferir o percentual de dívidas pagas em até 60 dias após a negativação.
54,6% das dívidas de inadimplentes são quitadas em até 60 dias, diz Serasa
Entretanto, mesmo sendo um cenário não tão negativo, os economistas afirmam que os percentuais estão menores nos últimos meses. O mesmo percentual em janeiro deste ano, por exemplo, era de 58,8%. Para os especialistas isso pode estar relacionado com a aceleração da inflação no período, o que acaba diminuindo o poder de compra da população, gerando pagamentos em atraso.
Segundo a Serasa, a melhor saída, hoje, é que credores proporcionem descontos e negociações flexíveis para que esses pagamentos possam ser realizados. A ideia é aumentar os percentuais de recuperação em um momento de inflação em alta.
Por fim, é interessante notar que o indicador da Serasa também revelou um padrão. Isso porque as dívidas mais recentes tendem a ser mais recuperadas, enquanto aquelas com mais tempo de existência têm o percentual de quitação mais baixo. Ou seja, quanto mais tempo uma dívida não é paga, menores as chances de ela vir a ser.
Assim, considerando compromissos que estavam vencidos há 30 dias, 74,3% foram quitados. Já de 30 a 60 dias, apenas 42,4%. De 60 a 90 dias, o percentual é ainda menor, chegando a 31,0%. Enfim, entre 1 ano e mais anos, o percentual é de 16,3%.
O indicador mostrou ainda quais valores são quitados com mais facilidade: em 2020, aquelas dívidas acima de R$ 10 mil tiveram recuperação de 70,4%. Enquanto isso, o intervalo de R$ 1 mil a R$ 2 mil teve retorno de 53,4% das contas.
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