Shein investirá no mercado brasileiro
Entenda os investimentos que a Shein pretende fazer no mercado brasileiro nos próximos anos e como isso mudará a experiência dos consumidores.
A gigante chinesa Shein anunciou, recentemente, um investimento inicial de R$ 750 milhões no Brasil ao longo dos próximos anos. A meta é estabelecer uma rede com mais de 2 mil fabricantes do setor têxtil no país até 2026, fazendo com que 85% das vendas sejam de produtos fabricados localmente ou vendidos por comerciantes brasileiros no marketplace da empresa.
No modelo atual, a empresa produz por meio de parcerias com fabricantes têxteis e sob demanda. A partir disso, envia individualmente os produtos ao Brasil. Contudo, na lógica em que a Shein irá investir, a ideia será trazer a matéria-prima para o país e produzir localmente.
Entenda o investimento
Apesar de atualmente a marca possuir lojas transitórias em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Belo Horizonte, Marcelo Claure — executivo da Shein — afirmou à Reuters que a empresa não tem planos de se tornar uma varejista física no país. Portanto, deve continuar com seu modelo de e-commerce.
Assim, o aporte de R$ 750 milhões terá outros focos, tais como: transição do modelo de fabricação atual para o de fabricação local, treinamento e capacitação de funcionários brasileiros e digitalização das operações no país.
Taxa nas compras na Shein será realidade?
Atualmente, todos os produtos internacionais acima de US$ 50 são taxados pela Receita Federal. Em discussão recente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tencionava taxar também compras abaixo de US$ 50, que reduziriam a competitividade de produtos de empresas como AliExpress, Shopee e Shein.
Contudo, além de reduzir os ganhos dessas empresas, a taxação prejudicaria os consumidores brasileiros, já que as taxas costumam ir para o custo final do produto. Com isso, o povo brasileiro reagiu de maneira bastante negativa, o que fez com que o governo recuasse da decisão.
Entretanto, com a promessa de que os produtos da Shein passarão a ter fabricação brasileira, esse risco de taxação — independentemente do valor final da compra — acaba, visto que se tornariam um produto nacional.
Imagem: Jonathan Weiss / Shutterstock.com
