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Trabalhador que colocar a empresa na Justiça pode ficar ‘queimado’ no mercado de trabalho?

Decidiu colocar sua empresa na Justiça? Saiba agora mesmo se isto terá algum impacto na sua vida profissional!

As questões trabalhistas sempre foram alvo de inúmeras dúvidas e controvérsias entre os trabalhadores brasileiros. As incertezas vão desde o receio de como colocar a empresa na Justiça até o medo de serem excluídos do mercado por alegando os seus direitos. Neste contexto, questiona-se: será que o medo de exercer um direito que ampara o trabalhador pode significar o ostracismo profissional?

O estigma associado à tomada de ações judiciais é um fenômeno observado em várias profissões. Nesta visão distorcida, entende-se a busca pelos direitos como uma “mancha” na reputação de um profissional, mesmo que haja violação do seu direito.

Colocar a empresa na Justiça não te coloca numa lista

Em primeiro lugar, é essencial desfazer o mito de uma suposta “lista negra” das empresas. Não há nenhum registro oficial ou informação partilhada que prejudique a reputação dos trabalhadores que tenham recorrido à Justiça. Portanto, a possibilidade de não ser mais uma opção no mercado por defender seus direitos não passa de uma crença infundada.

Nenhuma empresa tem acesso a informações sobre ações judiciais movidas por um trabalhador. Em uma pesquisa de emprego, a empresa só pode verificar se o candidato está sendo processado, não se ele ingressou com uma ação. Isso significa que um trabalhador não terá sua integridade questionada por entrar com uma ação trabalhista.

A importância da ética corporativa

No entanto, é importante ressaltar que as empresas costumam solicitar referências dos empregos anteriores dos candidatos. Neste contexto, pode surgir medo por parte do candidato. Mas, novamente, é essencial lembrar que empresas éticas não têm motivos para excluir alguém que defendeu seus direitos nas instâncias judiciais.

Afinal de contas, se uma organização cumpre suas obrigações legais e éticas, respeita os direitos dos trabalhadores e não oferece brechas para processos, ela não terá motivo para preocupações futuras. Ao contrário, um profissional que defende seus direitos demonstra coragem, compromisso com a justiça e integridade, qualidades altamente valorizadas no mercado de trabalho do século XXI.

Imagem: mojo cp / shutterstock.com