Afinal, o que acontece com os franqueados quando uma rede de franquias é vendida?

Quando uma rede de franquia é vendida, o que acontece com os franqueados? É com essa pergunta que damos início a esse tema que gera dúvidas entre muitos que tem vontade de investir nesse tipo de negócio. 

Afinal de contas, não dá para fazer tamanho investimento de dinheiro, tempo e esforços sem saber sobre o formato de negócio, não é mesmo? Assim, continue para saber mais sobre o tema.

Saiba o que acontece com franqueados quando a franquia é vendida

Casos em que uma grande empresa assume a operação de outra companhia não são tão incomuns. Assim, podemos citar o caso da Nestlé que, em setembro de 2023, anunciou a compra da também conhecida Kopenhagen e da Brasil Cacau, anteriormente pertencentes ao Grupo CRM. Com isso, a empresa deve passar a controlar 800 unidades de lojas das marcas.

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De acordo com a advogada Marina Nascimbem Bechtejew Richter, sócia do escritório NB Advogados, em comunicado enviado pela assessoria de imprensa, os contratos das franquias costumam ter uma cláusula que prevê possíveis transferências da rede para um novo dono. Ainda segundo a advogada, nesses casos o franqueado não pode pedir a rescisão contratual alegando a mudança de dono como o motivo.

“Normalmente, os contratos de franquia têm uma cláusula expressa que possibilita que a franqueadora transfira a rede para uma outra empresa do grupo ou não. Por isso, se o franqueado não quiser permanecer na rede, ele pode até pedir a rescisão do contrato, mas terá de assumir que a decisão se deu por sua vontade e pode ter que arcar com uma multa”, explica a advogada.

Contratos devem ser considerados no processo da compra e venda de uma rede

Marina Richter destaca ainda que, quando uma rede de franquia é vendida, o comprador deve considerar os contratos já existentes com os franqueados. Por essa razão, mesmo com a mudança de dono, a cultura da rede dificilmente é alterada. 

Nesses casos, mudanças podem significar desgaste entre a empresa dona e franqueados, além da possibilidade da não renovação de contratos, o que é prejudicial à marca.

Imagem: Eakrin Rasadonyindee / Shutterstock.com