Erro do governo atrasa benefício de 237 mil trabalhadores que tiveram salário reduzido
237 mil trabalhadores que recebem o BEm (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda) estão sofrendo por uma falha do governo. Isso porque um erro de processamento de dados do governo federal causou um atraso no pagamento do BEm. Por causa disso, o benefício que deveria ser pago entre os dias 27 e 29 de outubro agora vai ser pago apenas amanhã (30).
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Conforme a Dataprev, na última segunda-feira (26) foi encontrada uma falha no processamento de um dos lotes de cadastros, depois da implementação de uma nova rotina no sistema da empresa. A tal falha afeta 236.780 beneficiários do BEm, ou seja, 2,4% do total de beneficiários. O valor total que seria pago a todos esses beneficiários é de cerca de R$ 191,9 milhões.
Saiba mais sobre o BEm
O BEm é um auxílio do governo que serve como um complemento de renda para trabalhadores com jornada de trabalho suspensa ou reduzida. Quem tem carteira assinada e sofreu redução ou suspensão da jornada de trabalho durante a pandemia pode ganhar o BEm. Ou seja, o BEm se destina a um público diferente do auxílio emergencial, que é pago a desempregados, informais, autônomos e microempreendedores de baixa renda.
O valor do BEm varia conforme a redução da jornada e salário que o trabalhador sofreu. Sendo assim, quanto maior for a redução da jornada, maior é o valor do BEm. O valor mínimo do BEm é de R$ 261,25, enquanto o valor máximo é de R$ 1.813,03 por parcela. O cálculo do benefício é feito de acordo com o seguro-desemprego que o trabalhador ganharia se tivesse sido demitido.
O valor do BEm pode ser de 25%, 50% ou 70% do seguro-desemprego, conforme o tamanho da redução da jornada. Caso tenha havido suspensão do contrato, o governo para 100% do seguro-desemprego (ou 70% se a empresa teve rendimento bruto acima de R$ 4,8 milhões em 2019). Se o trabalhador foi um funcionário com contrato intermitente, então o BEm é de R$ 600.
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Imagem: Blue Planet Studio / Shutterstock