Banco Central: greve dos servidores impacta divulgação de dados importantes
Paralisação já dura mais de dois meses.
Na última quinta-feira (2), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB). Contudo, dois dados muito importantes da economia brasileira ficaram de fora: a taxa de poupança e a necessidade de financiamento na economia.
Essas informações deveriam ter sido entregues pelo Banco Central, porém, a greve dos servidores da autoridade monetária, que teve início no dia 1º de abril, impactou diretamente na divulgação dos resultados.
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De acordo com o IBGE, esses dois dados integram as Contas Econômicas Interligadas, que são responsáveis por apresentar os balanços e pagamentos. Também não foram divulgadas informações sobre a Conta Financeira Trimestral.
Apesar dos dados não terem sido incluídos no levantamento, a divulgação do PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, não foi impactada.
Dados do IBGE mostram que no primeiro trimestre deste ano, o país teve um crescimento de 1% em comparação ao trimestre anterior. Já em relação ao primeiro trimestre de 2021, o país cresceu 1,7%.
Serviços prejudicados
Com a greve, há atraso na divulgação da taxa Ptax diária, que tem deixado o mercado financeiro em constante atenção, além da suspensão das divulgações regulares do Banco Central, como o Boletim Focus, dados do fluxo cambial e as estatísticas fiscais de crédito e do setor externo. Entretanto, o Pix e o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) estão operando normalmente.
A greve teve início no dia 1º de abril, entretanto, foi suspensa entre os dias 20 de abril e 2 de maio, em “voto de confiança” ao presidente do Banco Central e na tentativa de avançar nas negociações com o governo. Porém, não houve novidades, o que levou ao retorno da paralisação no dia 3 de maio.
O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, mostrou que no dia 12 de maio, o Banco Central recusou a proposta de minuta de Medida Provisória enviada ao Ministério da Economia para a reestruturação das carreiras dos servidores do órgão.
No texto constava a previsão de 22% de reajuste salarial para analistas e técnicos do Banco Central, com pagamento iniciando em junho de 2022. Em contrapartida, o governo oferece um aumento linear de 5% para todos os servidores federais.
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Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com