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Banco Central irá punir bancos por contas usadas para aplicar golpes do Pix

Na última terça-feira (31), Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, afirmou que, para reprimir as fraudes relacionadas ao Pix, o órgão tem a intenção de responsabilizar bancos que tenham contas laranjas abertas por criminosos em nome de terceiros.

“A gente está apertando o máximo possível para que os bancos não tenham capacidade de ser hospedeiros de conta laranja ou conta intermediária”, enfatizou Campos Neto em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. – “Inclusive a gente vai começar a fazer um processo em que os bancos serão responsabilizados se for feita uma fraude de Pix e eles tiverem uma conta laranja”, afirmou.

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Contas de laranjas em golpe do Pix

Golpistas usam dados de vítimas para a abertura de contas em bancos digitais, que são utilizadas para receber através de Pix o dinheiro de outras pessoas que também são vítimas desses criminosos. Esses golpistas também contraem empréstimos na conta nova e fazem a transferência da quantia. A tática é usada pelos criminosos para ludibriar as investigações da polícia, pois não é fácil rastrear os pagamentos.

“A gente gerou o máximo de flexibilidade possível. Mesmo assim, as fraudes continuam ocorrendo. É importante entender que, quando uma fraude é cometida no Pix, precisa ter uma fonte receptora”, destacou.

Campos Neto afirmou aos parlamentares que o Banco Central tem feito o máximo para assegurar a proteção do consumidor de golpes, sequestros e outros crimes relacionados ao sistema de pagamentos instantâneos, desenvolvendo novas funcionalidades para o serviço.

“Você pode cancelar o seu limite, fazer com que só você possa fazer (um Pix) com quem já esteja pré-cadastrado, pode calibrar (o limite) por horário. A gente está fazendo de tudo, porque quem mais conhece sua forma de consumir é o próprio consumidor”, explicou.

Mudanças

O Banco Central implementou várias mudanças nas regras do Pix em 2021, com o intuito de aumentar a segurança do sistema depois do aumento expressivo de sequestros, fraudes e outros crimes.

Uma das mudanças determinou que uma operação que seja suspeita de fraude seja reprimida pelos bancos por até 72 horas. Também foi estabelecido pelo Banco Central o limite de R$ 1 mil, entre 20h e 6h,  para operações em canais digitais com Pix e Transferência Eletrônica Disponível (TED) entre pessoas físicas.

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Imagem: Diego Thomazini / Shutterstock.com