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Bolsa Família e aposentadorias sustentam 22,7% dos domicílios no Brasil

Aproximadamente um quarto dos domicílios brasileiros viveu sem renda decorrente de trabalho no primeiro trimestre de 2019. É o que revelou um estudo divulgado nesta terça-feira (18) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Ipea prevê melhora para o mercado de trabalho somente a partir de 2020. Todavia, somente se a reforma da Previdência for aprovada este ano. Com o agravamento da crise econômica no País nos últimos anos, está crescendo também o número de pessoas sem trabalho há mais de dois anos. Confira.

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Domicílios sem renda do trabalho

A proporção dos domicílios sem renda do trabalho, como aposentados, beneficiários do Bolsa Família, investimentos em ações, entre outros, subiu de 19% no primeiro trimestre de 2014 para 22,7% de janeiro a março de 2019. Este foi o maior crescimento entre todas as faixas de renda pesquisadas pelo Ipea. Entretanto os domicílios que vivem de alta renda teve pouca alteração em cinco anos, caindo de 2,2% para 2,1%.

“Hoje, 22,7% dos domicílios não têm nenhuma renda do trabalho, o que é muita coisa. A crise bateu muito forte no mercado de trabalho e mais fortemente no trabalhador menos escolarizado, com emprego de pior qualidade e esse trabalhador tem sofrido mais com a crise”, explicou a economista Maria Andréia Lameiras, técnica em planejamento e pesquisa do Ipea, órgão ligado ao Ministério da Economia.

Alta no desemprego

O Ipea identificou também uma alta na parcela de desempregados que estão nessa situação. Aliás, que persiste há mais de dois anos. Ou seja, no primeiro trimestre de 2015, quando o emprego começou a declinar no País, essa parcela representava 17,4% do total, subindo para 24,8% no primeiro trimestre deste ano, ou 3,3 milhões de pessoas. Apenas em quatro anos, o crescimento das pessoas que estão há mais de dois anos sem emprego foi de 42,4%, segundo o Ipea.

“Isso mostra que o mercado de trabalho é o pior retrato da crise econômica que o Brasil está passando. Estamos saindo da crise, mas muito lentamente, e o mercado de trabalho reage depois da economia como um todo”, avaliou Lameiras.

Recuperação da economia

De acordo com o pesquisador da área de economia aplicada da FGV Ibre, Daniel Duque, ainda falta muito para a recuperação do mercado de trabalho. Ademais, tanto que muitas destas pessoas já desistiram de procurar emprego, o que pode ser considerado desalento e muitos se aposentam para ter uma renda mínima, enquanto aguardam o mercado melhorar, o que fez crescer o número de domicílios sem renda do trabalho.

“A gente teve realmente uma gigantesca reversão da tendência que a gente tinha tido de 2004 a 2014, de melhora muito acentuada do mercado de trabalho, e com uma piora muito acentuada nos últimos quatro anos”, avaliou, estimando em pelo menos um ano para se ter alguma melhora no mercado de trabalho consistente no Brasil.

Duque ainda prevê que a economia deverá começar a se recuperar nos próximos trimestres. Entretanto, a melhora do mercado de trabalho não será imediata, como aponta o estudo do Ipea.

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Via Estadão