Em média, brasileiro paga 355,2% de juros no cartão rotativo, diz BC
Diante do ciclo de alta desenfreada da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o juro médio total que os bancos cobram no rotativo do cartão de crédito subiu. Em suma, a alta foi de 8,9 pontos percentuais de janeiro para fevereiro, disse o Banco Central (BC) na última quinta-feira (28). Assim, a taxa passou de 346,3% para 355,2% ao ano.
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Em suma, o rotativo do cartão, somado ao cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial que muitas pessoas acessam nos momentos de dificuldade. No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro aumentou de 172,5% para 174,3% ao ano.
Ao considerar o juro total do cartão de crédito, que leva em conta as operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 67,3% para 73,2%. Em abril de 2017, passou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, depois de um mês, a dívida do rotativo do cartão para o parcelado, a juros mais baixos.
A meta do governo com a nova regra era possibilitar que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito reduzisse. É dito isso, pois o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.
Com o fim da greve dos servidores do BC, a autarquia passou a atualizar os boletins e divulgações que estavam atrasadas. Tais como as estatísticas monetárias, de crédito e do rotativo. Entretanto, os dados da última quinta-feria ainda estão muito atrasados. Ou seja, as informações de fevereiro tinham que ter sido apresentadas no final de março. Já as de março, na última quinta.
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Imagem: pathdoc / Shutterstock.com
