Embora o cenário atual traga atenção para os investidores de renda fixa, Romano diz que o momento pede cautela. “Uma exposição a títulos com remuneração pós-fixada cai bem. Para prefixados e indexados à inflação, é melhor manter a carteira com vencimentos mais curtos, evitando assim a volatilidade que podemos observar nos meses seguintes”, explica Romano.

“Além disso, existem oportunidades pontuais no mercado de títulos privados (como os CDBs, LCIs e debêntures), mas aconselho os investidores a realizarem uma análise de crédito robusta antes de qualquer aplicação”, continua Romano. No último mês de dezembro, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que a instituição deseja mudar a regra de correção da caderneta da poupança.

Em suma, Campos Neto disse que a mudança deverá ser gradual e passaria por uma consulta pública. A meta é anunciar uma fórmula mais “hedgeável” e casada com a destinação dos recursos. “Com a Selic em 2%, estávamos preocupados com a migração alta para a poupança. Com a taxa de juros subindo, temos preocupação com a saída de recursos da poupança”, explicou Campos Neto.