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Como funcionam os fundos de investimento em tempos de crise

Você já ouviu falar em fundos de investimentos? Eles normalmente são geridos por especialistas, que escolhem para você onde vai ficar alocado o seu dinheiro. São esses gestores ou gestoras que dividem seu montante em diversos tipos de títulos ou ações, entre renda fixa e renda variável.

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Em tempos de crise no mercado financeiro, como a que estamos vivendo, esses profissionais devem agir rápido para evitar prejuízos aos investidores. De acordo com uma pesquisa da XP Investimentos divulgada em 13 de março pelo Infomoney, gestores afirmam estar adotando estratégias mais conservadoras em suas escolhas de investimentos.

Pandemia do coronavírus reduz expectativas positivas

Isso se deve ao momento que estamos vivendo, com a pandemia de coronavírus principalmente. Para muitos gestores, esse sem dúvida é o pior momento da bolsa de valores desde a crise de 2008. Participaram da pesquisa da XP 33 gestores macro, 30 gestores de ações e 18 gestores de crédito.

Mais da metade dos gestores de fundos (55%) disseram que ficaram mais negativos em relação à economia no longo prazo. Enquanto isso, outros 30% estão esperando mudança ainda mais pessimista no cenário. Por fim, poucos gestores (15%) disseram que não houve muita mudança em suas projeções.

A maioria dos gestores entrevistados na pesquisa (89%) disse que reduziu as posições otimistas, ou seja, aquelas que contavam com o bom momento do mercado para dar lucro. Uma pequena parte deles (4%) aproveitou para investir mais em posições que se beneficiam desse momento de crise.

Além disso, a pesquisa também revelou que os gestores de ações não estão muito otimistas. A maioria acredita que a bolsa pode levar mais de um ano para voltar ao nível que estava antes do Carnaval de 2020, a 115 mil pontos.

Já os gestores de fundos de crédito privado veem menos mudança. Em nível empresarial, o grupo que não notou piora no cenário soma 22%. Outros 11% veem piora em setores específicos.

Nesse momento, os gestores estão vendo queda no número de resgates e um aumento no número de investimentos. Isso ocorre porque, com o mercado em queda, as ações ficam mais baratas. Quem comprou por um preço elevado não quer vender para ter prejuízo e quem acredita na melhora do cenário quer comprar agora para lucrar depois. 

Como operam os fundos de investimento

Eles são alternativas para quem busca um rendimento maior que a poupança, quer entrar em um mercado de maior risco, mas não deseja ficar cuidando desses aportes diariamente. Sempre há um gestor que muda os investimentos se necessário para evitar prejuízos e faz uma projeção de quanto será o lucro.

Se você for montar a sua carteira individualmente, o lado negativo é que você precisa de mais tempo e também de mais dinheiro, afinal fazer os investimentos separados acarreta em mais taxas. Já com o gestor, você precisa ter confiança de que seu dinheiro está nas mãos certas.

Em momentos de crise, no entanto, é inevitável sofrer algumas perdas, mesmo mexendo na carteira. Na bolsa de valores brasileira, as cotas de fundos de investimentos desvalorizaram cerca de 57% com essa crise, segundo dados de 13 de março.

Os fundos de ações que mais tiveram queda foram o Total Return e o Alaska Black BDR Nível I. Eles são baseados em ações, por isso tiveram uma desvalorização significativa. No Total Return, a aplicação mínima era de R$ 10.000, por exemplo, e no Alaska Black BDR Nível I, de R$ 5 mil. Os investidores têm a opção de permanecer no fundo e esperar uma recuperação do mercado ou, se acharem que o prejuízo pode ser maior, vender as cotas que possuem.

É uma boa hora para comprar ações?

Esse é um momento de ter cautela, segundo os especialistas. Ainda não se sabe quando a bolsa de valores irá se recuperar, assim como a economia mundial de uma forma ampla. Então, se você quer aportar em empresas da bolsa nesse momento, pense no longo prazo.

O ideal nesse momento é pensar em que tipos de empresas podem sofrer menos impacto com o coronavírus e quais normalmente não sofrem grandes impactos em momentos de crise. Os grandes bancos são um exemplo, assim como as companhias elétricas. Não é uma garantia de lucro ou segurança, mas são setores que podem sofrer menos do que os outros. 

Itaú, Bradesco, Santander Brasil e Banco do Brasil são alguns bancos dos quais você pode se tornar “sócio” ao adquirir ações na bolsa. Já no setor elétrico, estão com ações na bolsa de valores as empresas Neoenergia, Energisa, Cesp e Ômega Geração.

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Imagem: Yanalya / Freepik