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Consignado do INSS: governo revela data em que problema será resolvido

O Governo Federal já possui data final para a solução do consignado do INSS. Veja quando haverá um comunicado oficial sobre a polêmica.

Em entrevista concedida aos veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), na noite de ontem (22), o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, declarou que o prazo máximo para a definição sobre o teto de juros do consignado do INSS é até a próxima terça-feira (28).

Ou seja, o Governo Federal espera encerrar, nesta semana, a polêmica sobre o cancelamento dos consignados feitos por diversos bancos. Segundo o ministro, a União ainda tenta negociar com as instituições bancárias.

Para o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Sidney Oliveira, é possível que amanhã (24) se chegue a um acordo, mas caso ele não aconteça, o assunto entrará na pauta da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, na próxima segunda (27).

Em resumo, a expectativa é que no máximo na terça (28) haja uma definição oficial. Para Oliveira, o atual patamar fixado pelo governo, de 1,7% ao mês, não atende o custo operacional dos bancos.

Entenda o histórico sobre o crédito consignado do INSS

A suspensão da modalidade de consignado do INSS por vários bancos brasileiros passou a acontecer na última semana. Isso porque o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) reduziu o teto de juros sobre o empréstimo para aposentados e pensionistas, de 2,14% para 1,7% ao mês.

Além disso, o limite para a taxa do cartão de crédito consignado caiu de 3,06% para 2,62%.

Com isso, a maior parte dos bancos paralisaram a concessão do consignado do INSS e apenas 4 instituições se mantiveram com taxas inferiores à determinação. No caso, o Sicoob (1,68%), o Cetelem (1,65%), o BRB (1,63%) e o CCB Brasil (1,31%).

Contudo, a suspensão da modalidade pelos maiores bancos do país causou um grande impacto na concessão de crédito, uma vez que a maior parte dos empréstimos eram feitos pelo Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal e outros.

Governo pode propor um meio termo para acabar com a polêmica

A redução da taxa de juros do consignado do INSS foi proposta pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT). Entretanto, como foi recebida de forma negativa pelo mercado financeiro, é possível que o Governo Federal reveja um patamar intermediário entre o atual cenário e o anterior.

De acordo com especialistas, a taxa pode ficar entre 1,8% e 2%, de modo a efetivar a medida do governo sem causar transtornos com as instituições bancárias. Por fim, a reunião de amanhã (24) contará com a presença de representantes do sistema financeiro, dos bancos e do governo.

Imagem: Rafapress / Shutterstock