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Constituição Federal pede que o salário mínimo seja de R$ 6.000

Pesquisa mensal do Dieese aponta enorme discrepância entre o valor do salário mínimo ideal e do atual; entenda o cálculo

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

A pesquisa mensal realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontou, mais uma vez, que o salário mínimo está muito abaixo do ideal. Atualmente, o piso nacional é de R$ 1212. De acordo com o levantamento, esse valor precisaria ser 5 vezes maior para atender as necessidades das famílias brasileiras. 

Em junho deste ano, o departamento já havia apontado como ideal R$ 6.527,67 o salário para uma família de quatro integrantes. Para o mês de julho, o valor ficou em R$ 6.388,55, um pequeno recuo devido à deflação apresentada no mês. 

Salário mínimo de acordo com a Constituição

Para a pesquisa são considerados os preços dos itens que compõem a cesta básica nas capitais brasileiras. Neste mês, em 9 delas, houve aumento no preço dos alimentos. Diante dessa realidade, o trabalhador que recebe um salário mínimo precisa trabalhar cerca de 120 horas para adquirir a cesta básica. 

De acordo com o Dieese, o estudo leva em consideração a Constituição Federal no que diz respeito ao salário mínimo. O valor determinado pelo governo para o piso nacional deve ser o suficiente para arcar com despesas com alimentação, moradia, saúde, vestuário, higiene, educação, transporte, previdência e lazer. 

Para a realização do levantamento, a cesta básica é o fundamental. Vale ressaltar que os preços mudam conforme as regiões do país. Em São Paulo, foi registrada a cesta básica mais cara do país, no valor de R$ 760,45. 

No mês de julho, sete cidades apresentaram alta nos preços. Em contrapartida, quatro mostraram redução. Veja. 

  • Vitória: + 1,14%;
  • Salvador: + 0,98%;
  • Brasília: + 0,80%;
  • Recife: + 0,70%;
  • Campo Grande: + 0,62%;
  • Belo Horizonte: + 0,51%;
  • Belém: + 0,14%;
  • Natal: – 3,96%;
  • João Pessoa: – 2,40%;
  • Fortaleza: – 2,37%;
  • São Paulo: – 2,13%.

Variação no preço dos itens da cesta básica 

Apesar da deflação apontada pelo IPCA no mês de julho, o grupo de alimentos continua registrando alta. Dos 13 itens da cesta básica, 12 apresentaram aumento no período de 12 meses. Veja. 

  • Batata: + 66,82%;
  • Leite: + 66,46%;
  • Café: + 58,12%;
  • Banana: + 35,71%;
  • Feijão: + 28,57%;
  • Óleo: + 26,23%;
  • Açúcar: + 21,9%;
  • Farinha: + 19,94%;
  • Manteiga: + 19,74%;
  • Pão: + 16,95%;
  • Tomate: + 7,45%;
  • Carne: + 2,91%.

O único produto que apresentou redução no período foi o arroz, com queda de 7,93%. 

A alta nos preços desses itens essenciais afetam de forma mais preocupante as famílias de baixa renda. 

A última Pesquisa de Orçamento Familiar, publicada pelo IBGE, aponta que famílias com rendimento mensal de até R$ 1,9 mil tinham 22% da renda comprometida com produtos da área alimentícia.

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Imagem: rafapress / Shutterstock.com