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Crediário no cartão pode liberar menos crédito para quem tem score baixo

Todo mundo que possui um score de crédito baixo, sabe as dificuldades para conseguir crédito nas lojas, financeiras e bancos. A dificuldade é bem maior na hora de tentar fazer um cartão de crédito. Na maioria das vezes não aprova. Mesmo que existam algumas opções que costumam aprovar mesmo com score baixo. Uma alternativa que funciona para quem passa por este problema é o crediário realizado diretamente nas lojas. Ou seja, normalmente as lojas consultam apenas se o cliente possui restrições no SPC e Serasa e liberam o crediário. No entanto, isso poderá piorar com uma nova modalidade de crédito que foi lançada
recentemente pela Abecs – Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços. Entenda o que pode acontecer.

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Crediário no cartão de crédito: endividamento e menor acesso ao crédito para score baixo

Brasil: o país do crediário

O empresário Samuel Klein, das Casas Bahia inventou o crediário no Brasil. Samuel percebeu antes que pobre gosta de bons produtos e não se importa em pagar em 24 vezes – com juros de mercado – em parcelas (quase) “a preço de banana”. Além disso, nos anos 50, ele disse para uma apresentadora de TV que “comprava por 100 e vendia por 200”. Muitas vezes,

“A gente precisa entender que ninguém consegue nada trabalhando com rico, porque ricos têm poucos e pobres têm muitos. Tem que dançar conforme toca a música. Se você vende para um trabalhador e ele fica desempregado, não tem como pagar a prestação, nós o convidamos para vir fazer algum acordo. Tratamos o cliente bem e depois nós vendemos de novo para ele”, afirmou Klein em uma entrevista.

As Casas Bahia tinha fama de inclusive perdoar as dívidas dos clientes. Entretanto, isso não tratava-se de caridade. Ou seja, era uma estratégia para recuperar clientes. Os seus nomes eram limpos e eles voltariam a comprar.

Essa modalidade de crédito é largamente utilizada pelos brasileiros no comércio. Inclusive, uma pesquisa feita pelo Bureau de crédito Multicrédito obtida pelo jornal O Estado de São Paulo, aponta para um crescimento na utilização de boletos nos últimos dois anos. Portanto, foi um crescimento de 54% apenas comparando o ano de 2017 com 2018. A pesquisa foi realizada em 2018 e contemplou 120 mil consumidores em 9 mil pontos de vendas no Brasil.

Crediário no cartão de crédito

De olho nisso, a Abecs lançou uma nova modalidade de crédito. Essa nova modalidade disponibiliza uma linha de crédito aos consumidores em até 36 parcelas. Se você for fazer um crediário, dificilmente conseguirá mais de 24 parcelas. Contudo, o crédito era aprovado mesmo para clientes com um baixo score de crédito.

A expectativa da Abecs é que os consumidores possam negociar diretamente com os lojistas, pois eles receberão o valor integral em até 5 dias. Muito antes do que se fossem realizar um crediário próprio na loja. Além disso, o risco fica com a instituição financeira, e não com a loja.

Maior endividamento e menor crédito

O problema é que a taxa de juros é de acordo com o perfil do cliente. Ou seja, quem possui um score de crédito menor, terá de pagar mais juros sobre a operação, que no crediário original não existia. Ademais, vai causar um endividamento no cartão de crédito, que é um produto que possui as maiores taxas de juros, juntamente com o cheque especial.

A Fundação Procon-SP notificou a Abecs, solicitando mais explicações sobre o crediário no cartão de crédito. O Procon quer saber as diferenças entre o sistema já existente e como será definida a taxa de juros desta nova modalidade de crédito. Ainda, segundo o Procon, o pedido objetiva resguardar os direitos dos consumidores e que não sejam prejudicados. A Associação tem 48 horas para apresentar uma resposta.

Ademais, como os comerciantes não assumirão mais o risco da inadimplência, que será assumido pelos bancos. aí que está o problema. Ao perceberem a substancial redução na inadimplência, os comerciantes poderão aos poucos reduzirem essa modalidade de crédito tão antiga e utilizada massivamente pelos brasileiros, que é o crediário convencional. Ou seja, quem possui um baixo score de crédito poderá ser ainda mais marginalizado diante das financeiras e bancos. Portanto, só nos resta esperar o que vai acontecer.

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