Dívidas de cartão de crédito aumentam em São Paulo

A mais recente Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) trouxe à tona algo que deve alertar ainda mais os consumidores de cartão de crédito: o aumento expressivo na dívida das faturas na capital paulista este ano.

Quem levantou os dados foi a FecomércioSP, que chegou-se à conclusão de que, em 10 famílias, nada menos que 8 estão com pendências no cartão, causando comprometimento ainda maior da sua renda. No mês passado, isso representou quase 62% dos lares da capital.

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O que dizem os especialistas

Os especialistas acreditam que a causa desse agravamento na inadimplência vem justamente da pandemia e de todas as dificuldades financeiras que grande parte da população vem enfrentando.

Com um aumento considerável no preço de vários produtos e uma diminuição de renda, nem sempre dá para optar pela compra em débito ou em dinheiro. Por isso, o cartão de crédito entra em cena a fim de que as famílias não fiquem sem suprir as suas necessidades básicas.

O problema começa quando essas mesmas famílias, com a sua diminuição de renda, não conseguem arcar com todo o valor da fatura. Dessa forma, elas precisam recorrer ao parcelamento ou, ao que é pior, ao pagamento mínimo da fatura.

Dados da FecomércioSP ilustram como as dívidas estão em uma curva ascendente

Pouco mais de 8% das famílias da cidade de São Paulo sabem que têm dívidas com o cartão de crédito, mas não possuem qualquer condição de fazer os pagamentos agora. Isso significa que, provavelmente, essas pessoas terão restrições em seu nome em breve.

Com relação às famílias com faturas atrasadas ou negociadas, vale ressaltar que essa quantidade não chegava aos 76% em 2019.

Sendo assim, fica claro que a pandemia, iniciada no ano passado, foi a principal razão para que a inadimplência esteja quase chegando a 79%.

Planejamento financeiro fica de lado para as famílias que estão com dívida

Apesar da existência de diversas dicas para usar o cartão de crédito sem correr o risco de cair na inadimplência (como nunca pagar apenas o mínimo), é preciso lembrar que essas famílias estão recorrendo ao crédito a prazo justamente por causa da dificuldade financeira.

Sendo assim, a necessidade de comprar itens básicos fica na frente das orientações de planejamento financeiro. Cabe dizer ainda que muitas das famílias de São Paulo ainda aguardam o auxílio emergencial.