Empresa da Americanas pode ser vendida para cobrir rombo bilionário
Até o Conselho de Valor Imobiliário já exigiu explicações das Americanas sobre a venda de uma de suas empresas. Entenda o caso!
Após o rombo de R$ 20 bilhões apurado nas contas da Americanas, o mercado passou a especular possíveis negociações da empresa a fim de minimizar o impacto do déficit.
Em nota, a Americanas informou que está avaliando as oportunidades possíveis, mas ainda “não existe nenhum fato ou documento vinculante que mereça divulgação”.
Entretanto, o mercado já indica que a companhia pode colocar na rodada de negociações a empresa Natural da Terra, adquirida em 2021 pelo valor de R$ 2,1 bilhões.
Americanas é dona de outras empresas famosas que podem também ser vendidas
A venda da Natural da Terra começou a ter ampla divulgação após as ações da Americanas despencarem nos últimos dias. A Comissão de Valores Imobiliários (CVM) chegou a questionar a empresa sobre a negociação do Hortifruti Natural da Terra.
Além disso, fala-se também sobre a inclusão dos seus ativos da Americanas em outras empresas, como por exemplo, a Vem Conveniência. Neste caso, a venda pode render outros R$ 3 bilhões.
A Americanas é dona ou acionista de outras empresas famosas. Entre as principais estão o Submarino, o Shoptime, a fintech Ame e a plataforma de gestão Let’s. Apenas na última década, as Americanas adquiriram ativos em mais de 10 empresas.
Rombo bilionário na empresa foi informado pelo ex-CEO
A crise começou quando seu ex-CEO Sergio Rial revelou uma inconsistência financeira de cerca de R$ 20 bilhões na companhia. Rial ficou apenas 9 dias no cargo e chegou a divulgar em seu LinkedIn sobre o quadro grave que a empresa passava.
A partir daí, as ações das Americanas (AMER3) despencaram na Bolsa de Valores, chegando a desvalorizar em até 85% no valor de mercado. Para Rial, é necessário a conclusão do diagnóstico do rombo, para, em seguida, corrigir a rota de vendas das Americanas.
Segundo ele, a empresa ainda conta com o apoio incondicional do Conselho de Administração e dos acionistas de referência, como, por exemplo, Paulo Lemann e outros parceiros da 3G, como Marcel Telles e Carlos Alberto Sucupira.
Imagem: Brenda Rocha – Blossom / Shutterstock