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Entenda o porquê da PEC dos benefícios sociais ser chamada de Kamicaze

A PEC é chamada de Kamicaze pelo fato de colocar as contas públicas em risco, pois há previsão de R$ 41,2 bilhões em gastos acima do teto. Confira!

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Deve ser concluída nesta semana a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que prevê diversos benefícios sociais até o final deste ano. A proposta foi apelidada de PEC das bondades, PEC dos benefícios, PEC do desespero e PEC Kamicaze. Contudo, a medida pode passar por obstruções na votação por falta de acordo entre líderes da oposição e da base do governo sobre a tramitação do texto.

PEC Kamicaze: entenda a polêmica

A medida é chamada de Kamicaze pelo fato de colocar as contas públicas em risco, pois há previsão de R$ 41,2 bilhões em gastos acima do teto, o que compromete a política fiscal do país.

O impacto financeiro da proposta pode causar prejuízos aos investimentos internacionais, além de causar desvalorização do real e gerar mais inflação. Dessa forma, a tendência é de alta dos juros por mais tempo e de diminuição da oferta de emprego.

“Os governos no nosso país sistematicamente gastam mais do que arrecadam há muitas décadas. O desajuste fiscal é o maior problema econômico do Brasil atualmente. O que a PEC kamikaze faz é ampliar esse problema”, afirmou o economista Diego Rodrigues à Istoé.

“Esses custos incluem a própria subida da inflação, porque o aumento dos gastos públicos tende a forçar o aumento de preços pelo lado da demanda. Consequentemente, o Banco Central responderá com mais elevação da taxa de juros, prejudicando a retomada do crescimento econômico no período pós-pandemia”, completa.

PEC do Desespero ou PEC das Bondades?

Já o termo PEC do Desespero é empregado pelo fato de incluir um estado de emergência nacional, o que favorece o presidente Jair Bolsonaro (PL) e dribla a Lei Eleitoral, que, em situação normal, impede a ampliação ou adoção de benefícios sociais em ano de eleições, exceto em caso de estado de emergência ou calamidade. De acordo com analistas, Bolsonaro espera conseguir mais votos com a concessão de “bondades”.

O apelido de PEC das Bondades é justificado pela ampliação dos auxílios e criação de novos benefícios a caminhoneiros autônomos e taxistas. Também há ampliação do Auxílio Brasil e do Vale-gás.

“A principal armadilha por trás da proposta dessa PEC é que ela vem disfarçada de política social. Com a desculpa de proteger os mais vulneráveis que se deparam com a alta da inflação e, especificamente, do preço dos combustíveis, a classe política se constrange a evitar que esse rombo das contas públicas se realize, principalmente em ano de eleições”, afirma o economista.

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Imagem: BW Press / Shutterstock.com